domingo, 9 de dezembro de 2007

ele diria que "nao sei quantas almas tenho" eu digo que tenho uma mas nao sei a quantas ando.

Dizem que fomos feitos à imagem d'Ele. Eu podia jurar que ele era esquizofrénico.
Tanta gente e ninguém é aquilo que era suposto ser, tantos heterónimos que Ele não soube fazer. Pessoa criou cinco para concretizar o que não conseguia ser. Ele parece-me bem, mas cobarde pois nunca se deixa ver.
As semelhanças servem para confundir, para iludir e enganar, a diferença é a realidade crua de quem não quer ver. O que se procura é o igual, mas a verdade é que o diferente é o pólo forte de uma pilha de gente que não se entende, nem na diferença e muito menos na semelhança.
Gostava de saber do que são forradas as paredes do outro ser, mas ele ignora-me e assim fica difícil saber. Julga-se superior, quando isso só o faz pequeno.
O amor é algo completamente estúpido e inventado, provavelmente por quem não tinha nada em que pensar ou então tinha falta de choro. Bastava bater com a cabeça numa parede, era dois em um, chorava e ficava a pensar nisso.
Coisa parva é também o atrapalhado, esse velho siamês do constrangimento, devia sair à rua num dia chuvoso e ser levado pelo vento.
Pessoa só tinha era razão quando disse que a literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida, de a simular. O romance é a história que nunca foi, o drama o eufemismo da experiência inacabada, que é como quem diz: "ainda tens muito que ralar".
E é com isso que passo o tempo simulado da escrita - a ignorar.
Quem me conhece diria que é preguiça, mas eu digo que dói mesmo pensar!
O que queria mesmo ignorar é arrogância do desigual, que tentando ser semelhante acaba marginal. Irrita estar pr'aqui a rimar mas se não fosse isto já me tinha ido deitar. Que é exactamente o que vou fazer agora depois de tanta merda pr'aqui descarregar.
A escrita é o autoclismo da alma, pena que o meu esteja a maior parte das vezes estragado, entope-se-me a hipófise e deixo de comandar. Penso tudo o que não devo e faço tudo o que é errado.

Dass! mundo complicado.

domingo, 25 de novembro de 2007

outra coisa que também me enjoa são os ignorantes...

Já tou como o Bruno, estamos em que ano? 2007?!? Naaah impossível!
Tamos mesmo em 2007? Wow "estou um pouco confusa"!

Então agora para além de terapeutas familiares que escrevem na revista Visão a dizerem que a homossexualidade é um distúrbio reversível da psicose humana, também o mundo da publicidade, que penso não ser terapeuta familiar não sei muito bem, mostra sinais da mesma patologia ignorante? Será que é contagioso? Ai não me digam!

É que bastou o Bruno Nogueira falar num dos últimos vídeos dos icorrígiveis - http://pftv.sapo.pt/?v=QmBjg9SCzz1LGeKdKUZp - (ta excelente!!) da matéria sobre mulheres que casaram com homossexuais que veio na Visão, não sei de que semana, escrita por uma terapeuta familiar, que agora também a conceituada marca de cerveja Tagus divulga uma campanha a promover o orgulho hetero! É assim, das duas uma ou o gabinete de publicidade está com falta de ideias, no meio das poucas que já haviam tido e sempre com gajas no placar e não sei quê, ou atão isto da ignorância é mesmo algo contagioso! Sinal para alarmismo!!

Esta nova campanha da Tagus que diz assim: “Tagus Orgulho Hetero”, originou uma queixa do ICAP (Instituto Civil da Autodisciplina da Publicidade), bem como uma contra-campanha da Associação Panteras Rosa e uma critica por parte de João Teixeira Lopes, corpo dirigente do Bloco de Esquerda.

Confrontado com a indignação face a campanha, João Nuno Pinto, director de marketing de cervejas, águas e sumos não carbonatados do grupo Sumol, explica (…) que, "de uma forma disruptiva, vamos baralhar alguns dos clichés existentes na sociedade e criar uma comunidade que se orgulha de ser heterossexual estabelecendo relações no site www.orgulhohetero.com". In Meios&Publicidade

É impressão minha ou esta foi a pior justificação esfarrapada alguma vez dada desde que me lembro de ouvir aquelas do “fiquei sem teclado”? Hummm...
Epah esta tamanha flatulência cognitiva da marca só demonstra que cada vez mais existe uma falta de inteligência nas camadas que deveriam ser, supostamente, as mais letradas, cultas e impermeáveis a este tipo de ignorância estúpida sem qualquer sentido.

O grande problema destas pessoas que ainda acham que a homossexualidade é uma doença e que tem cura, é que na realidade são pessoas com sérios distúrbios mentais que esses sim não têm cura! E não são assim tão estudadas como pensam, senão saberiam que já na Grécia Antiga existia a homossexualidade, pah e eu até percebo fogo as mulheres eram gordas pa caraças, ainda não haviam livros de "perca peso em 30 dias!" ou aquelas cenas das televendas "o Abdomatic".
Realmente a ignorância é um flagelo em vias de extensão, só espero é que se extenda p'ra lá da minha vista é que já não há pachorra...

sábado, 24 de novembro de 2007

Mad About The Boy

I'm mad about the boy
And I know it's stupid to be mad about the boy
I'm so ashamed of it but must admit the sleepless nights I've had
About the boy

On the silverscreen
He melts my foolish heart in every single scene
Although I'm quite aware that here and there are traces of the cad
About the boy

Lord knows I'm not a fool girl
I really shouldn't care
Lord knows I'm not a school girl
Whose in the fury of her first affair

Will it ever cloy
This odd diversity of misery and joy
I'm feeling quite insane and young again
And all because I'm mad about the boy

So if I could employ
A little magic that will finally destroy
This dream that pains me and enchains me
But I can't because I'm mad...
I'm mad about the boy


*Dinah Washington*

terça-feira, 20 de novembro de 2007

As frutas caramelizadas enjoam-me...

Há dias em que me sou suficiente, em chego bem para me suportar, pa pensar mal de mim mesma, pa levar comigo durante horas.
Há outros que nem tanto.
Esses outros devem achar que têm piada, então parecem não me querer deslargar* da braguilha.
Não costumo apreciar muito a lamechice, acho que há limites p'ra tudo, mesmo p'ras demonstrações de afecto, sim porque o que é demais enjoa. É em dias destes que, e por acaso hoje é um deles, me sinto particularmente vulnerável, insuficiente e acima de tudo irritantemente permeável a tudo o que acontece à minha volta.
Hoje, excedendo os parâmetros de normalidade, disse "bué giro" milhentas vezes, se o John tivesse comigo seria caso pa levar um pontapé na boca, felizmente não estava. E disse porquê? porque via coisas "bué giras" como o companheirismo quase palpável entre velhinhos, a paixão inocente e atrapalhada de putos de 15 anos, toda uma série de coisas fofas e normalmente enjoativas, mas que nestes dias me deixam com uma enorme sensação de estupidez e solidão, que se torna mesmo insuportável.
O que quero dizer é que agora mais do que nunca, a 12 dias de fazer 20 anos, sinto que já fiquei p'ra tia. Eu sei, ainda tenho muito pela frente e isto é estúpido, mas o que é que posso fazer quando o muito que ainda me falta me dava jeito agora?
Acho que estou bem sozinha, mas na verdade sinto falta de sentir falta, falta de um cheiro, do sabor de um beijo, do calor de um corpo...até de chorar por amor, pelo menos tem-se algo sobre que chorar e não um vazio de motivos que me faz chorar na mesma, um choro sem rosto, sem feitio, a quem não posso chamar nomes.
Tudo o que eu queria era um romance que começasse com uma cena digna de cinema, daquelas em que o que só falta mesmo levantar o pezinho, de preferência ao som de Charlie Parker a Easy To Love. Mas coisas dessas não acontecem comigo.
Acho que sou a fava universal p'ra tudo, alguém deve ter achado que tinha perfil pa coisa.
O meu mundo é um Bolo-Rei cheio de frutas caramelizadas coloridas, doces, contentes e enjoativas. Eu sou o brinde cinzento, sem sabor e sozinho, apertado no meio de um miolo fofo, consistente e insuportavelmente perfeito.



*Eu sei que tá mal escrito oh! deixa de me corrigir! dass raisparta! vai mazé acartar caixas pa Euphony oh tarefeiro XD.

domingo, 18 de novembro de 2007

Por que raio estou eu a falar de amor...pfv!

Preocupava-me eu com Hugo Chavéz, Rui Ramos ou mesmo Vargas, quem em termos de barbárie e estupidez ao quilo são relativamente semelhantes e, quando dou por mim descubro finalmente a coisa mais parva de sempre e a mais irritante, tanto que acabo por ir às lágrimas só de pensar nela.

Não deveriam de haver amores difíceis, não correspondidos ou mesmo amores condicionados. E por que raio estou eu a escrever sobre o amor? E pior, sem o embeber de sarcasmo e ironia? De facto, acho que nem preciso de me dar ao trabalho, ele por si só já é o sarcasmo personificado.
Se o mundo fosse meu haviam de existir os cúpidos, sim daqueles com setinhas e assim. A predestinação pouparia tantas lágrimas, tanto sofrimento desnecessário.

Foi-me dado um amor, uma coisa tão pura, tão cândida que chega a ser irreal, um amor incondicional que vê para além do óbvio, que seria, portanto, eu ser uma pessoa completamente atrofiada, complexa, e com recalcamentos como extra de série. Mas ao invés, ele vê-me como a mais bela pintura de sempre. Eu sempre disse que era falta de visão, mas a coisa já se arrasta há tanto tempo que acho que é mesmo crónico.

É daquelas coisas de se dizer "dá Deus nozes a quem não tem dentes" e realmente é verdade, é mesmo assim que me sinto, mas neste caso não foi Deus mas sim a D. Mª de Lurdes. Há mesmo pessoas de valor e a D. Mª de Lurdes é uma delas, grande senhora. Mas depois há aquelas que nem tanto, que não sabem, na sua grande confusão existencial e coiso, aproveitar o que lhes é dado.

Isto revolta-me tanto! É só desencontros irra! Só catástrofes, não há uma coisa boa que aconteça, pah! Dizem que Ele vê tudo e que está sempre muito atento, cá para mim ele é miupe, não tem lentes exilor de alta precisão, anda p'ra lá aos tropeções, no meio de cada tropeção lá vem uma onda gigante, um namorado apanhado a por os palitos na outra, um gato metido no micro-ondas, coisas assim. Já pa não falar nas braçadas que varrem as searas e depois deixa o Darfur sem arroz. Realmente não há quem tenha mão nisto. Mas a culpa é do povo que o elegeu, ahh e tal Deus isto Deus aquilo, ele parece-me bom candidato e tal, não é físico, ta em todo o lado e pronto deu nisto. Agora é só esperar por Noé, a próxima idade do gelo e a ver no que vai dar.

Tudo isto para dizer a alguém muito especial que se eu mandasse no mundo, em mim, no que sinto eu não era senão tua! Um grande Spider Pig hajam a todas as mulheres do mundo.

Proponho uma reflexão universal sobre isto, embora nem metade da freguesia me vá ler, mas também não interessa.


Spider Kisses For The Best Spider (Divagador) Pig In The Whole Wide World*

sábado, 17 de novembro de 2007

Ó Samsung, tu por dia nem sabes o bem que me fazias


O Rugby é um desporto algo violento, nunca irei esquecer as escuriações, o cavalheirismo, a piada, o cheiro, o abraço e a falta de tudo isso. Foi o nascer da esperança que acabou por morrer na praia, era bom que durasse mas não me parece. A Leo diz pa esperar uma semana lol...uma semana é muito tempo, se ao menos tivesse a certeza que valeria a pena eu esperaria, mas vou esperar de qualquer forma até porque não tenciono praticar mais nenhum desporto nos próximos tempos. Que coisa mais parva que me foi acontecer, insólito!
Olha eu sei que Tu estás a ver isto, por isso não me deixes sem ele!! O Rugby parecia-me tão bem, dá-me uma hipotese de sorrir mais vezes, de ter algo que me torne menos amarga ou menos parva como diz o john, que eu tou que não me aguento de revolta lol...Eu não quero ser revoltada. Quero ser "(...)ada" lol.
O jogo acabou eram 17h, já é mais do que tempo suficiente para voltar, mas no fundo eu acho que não volta...se assim for, para quê tudo aquilo?


Raisparta.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Kikiri kiri kiri ki...la la la


Realmente o que é que precisávamos para motivar o pessoal e para fazer disto uma coisa à séria? D'Os Homens da Luta, claro!
Graças ao convite de uma nossa camarada esiana, estes dignos senhores conhecidos também como Ruce e Reco, Os Opinativos e War Band Kalashnikov, apareceram na ESE para liderar a manifestação que, vejam só, deu alguns frutos e dos doces, como por exemplo o apoio do Sr. Presidente do CD!

De salientar é a clara falta de adesão de muitos, incluindo a minha, mas eu tenho desculpa que fui fazer pela vida, não fui às aulas porque eram aulas importantes, sim porque do que é que me vale ir às aulas importantes se não tenho provisão monetária que me permita pagar o absurdo valor de propinas? Mas agora aqueles que não foram porque ou têm bolsa e não lhes interessa, ou são ricos e não lhes interessa, ou foram ao BES e não lhes interessa ou foram às compras porque o que realmente interessa quando se tem bolsa é ir à Bershka e por unhas de gel ou mesmo todas as anteriores, depois não venham cá reclamar que não há condições e que se paga muito que é um horror! Não venham reclamar senão levam comigo, pimbas na tromba! Por isso, e pela vossa integridade física, não reclamem daquilo que vocês não mexem o cu por mudar!

Lamentável foi mesmo aqueles que não compareceram por falta de informação, eu sei, cara AE, "nós colamos cartazes nas portas e nos placares e falamos com as pessoas nas aulas", irra não se cansaram? Atão e aqueles que têm 2 e 3 UC's por semestre e que não têm, quem diria, um terço do vosso tempo para andar a lorear a pevide pela ESE? Não conhecem aquele meio de correspondência digital via web que se chama correio electrónico? hum...vulgo mail, não? É pena, porque se tivessem tido a iniciativa de escrever qualquer coisa, não precisava de ter virgulas e ser muito elaborado, até podia ter emotions que agente percebe tudo graças ao msn, talvez a vigília tivesse tido 100 tendas ao invés de 20 e a manif 500 pessoas ao invés de meia dúzia, nem que fosse só para aparecerem no Vai Tudo Abaixo.


Os meus sinceros parabéns ao pessoal da picada que nunca nos deixou ficar mal.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Txunfinhaa!

Vencedora do Artists Choice Award, querem reflectir?

Chamem-lhe bêbada agora, pimbas!

(tá bem não se percebia um cu da back to black, mas e depois? toda a gente tem os seus momentos...xiiuuuu!)


quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Kirchnerstia


Realmente à coisas do #$%&?!\.

Na Argentina os políticos fazem o que se chama de campanha vitalício-póstuma. Passo a explicar: o Ex-Presidente Néstor Kirchner adoptou uma táctica política que lhe permite ficar sempre ligado à presidência da Argentina. Então é assim, o Néstor tava em casa sentadinho e tal a ouvir tangos e a pensar no fim do mandato, quando de repente a Cristininha (Fernández Kirchner - então Primeira-Dama) entra na sala no mesmo momento em que Néstor procurava respostas, foi então que se deu luz! Ao olhar pá Cristininha, Néstor pensou "nem é tarde nem é cedo! como o mandato está quase terminadinho, vais tu para lá dar a cara e limpar a merdinha que eu fiz, assim eu viro Primeiro-Cavalheiro, não faço ponta e ainda recebo por fora".

E foi aí que começou a campanha da Primeira-Dama à presidência da Argentina.

Como "uonce yu gó Eva, yu neba leabe da mierda" e saudosistas como são os Argentinos, não foram de modas e, a unha da carne da Ségolène Royal ganhou as eleições.

Próximo passo daqui a sensivelmente 3 anos e meio, antes que termine o mandato, é a Cristininha começar já a preparar o terreno pó Máximo ou pá Florencia, depois é só ir fazendo herdeiros e está tudo mais do que assegurado. Depois tem a vantagem de que quando fazem merda, fica sempre tudo em familia.
Os Argentinos estão contentes, por agora. Mas depois Argentina, não venhas cá yorar porque eles nunca te deslargaram da presidência!

Imaginem só o Cavaquinho a adoptar o mesmo esquema? Uii! Portugal virava a Liga Oficial dos Espancados da Costa Leste Europeia. E melhor! Em cima da ponte, qu'é p'ra não perder o charme!

P.S.: Não tenho nada contra mulheres presidentes, muito pelo contrario. Mas a linhagens republicanas acho que já tenho, também não pensei muito a respeito. Só não tinha mesmo era nada sobre que escrever.

sábado, 27 de outubro de 2007

...lá tou eu a pensar p'ra fora da minha cabeça...

São aquelas coisas que devem ser ditas mas que o constrangimento não deixa. Mas que acabam sempre por escapar, o que fica sempre é o constrangimento. Esse cria raízes e é como as orelhas, não para de crescer.
Há pessoas que procuram perceber uma obra de arte, eu só procuro perceber a estupidez que pr'aqui vai dentro. É muito mais minimalista, monocromático e tem meia dúzia de neurónios, não mete rabiscos nem neo-realismos. Logo, devia ser mais fácil de compreender. Mas não.
Acabo sempre por chegar aqui e sentir-me um bocado a anhar, porque já não sei o quê nem o porquê de estar a praticar erosão nas letras do teclado...Ah o quê - a estupidez, o porquê - o diluvio da mesma p'ra fora da minha cabeça. Acho que isto até consigo explicar, é que sem as minhas flatulências cognitivas, ou tudo vira merda de vez, ou fico com uma divida exterior maior que o continente africano, isto sem sequer ser a dispensa da Europa, o que é ainda mais injusto.
Agora, se vão perceber vocês o que eu escrevo? Acho que não, mas o blog também é meu, eu é que sei o que é que hei-de escrever e se deve ter algum sentido ou não. Portanto, essa atitude não vos leva a lado nenhum, até porque não estou a pensar por aqui nenhum hiperlink. A partir do momento em que o PPM se preocupa com o que escrevo a mim já me basta. Ou então não, porque hoje me apetece ser uma ilha, e não um arquipélago com um Alberto Jõao à perna, isto mesmo que percebesse de que espécie é, ou que dialecto fala.
Esta é a altura em que a paciência começa a faltar. Não p'ra escrever, porque isso distrai-me de pensar em mim. Mas de me ter aqui. Apetece-me dizer "olha vai-te deitar, que já começas a cheirar mal, sempre aqui colada a mim, irra! SARNA", mas não dá. Não dá porque não tenho um portátil, senão até ia - diz ela.
Não gosto de pensar muito. Pronto, não gosto de pensar de todo. Começo a ficar com uns nós de choro presos na garganta, pr'além de muitas outras coisas que indicam que estou a ficar constipada. Não por pensar, mas porque apanhei frio e gosto de andar descalça. Isto até pode parecer meio lamechas ou do emo, mas não é isso nem sopas. Sou eu.
Aqui já é a parte em que estou a ver se arranjo uma artimanha p'ra acabar o post, mas não me ocorre assim nada. Talvez um "bom atão se calhar coiso, já se faz tardinho e amanhã é domingo", mas não me soa bem. Ah pois é a hora mudou. Viram a destreza no que toca a fugir a assuntos? Já não tenho que pensar no final. Vou mesmo continuar a escrever.
Eu sabia que ia voltar aqui, mas não me apetecia viver sempre com a noção disso. Mas, acabei por voltar à razão de nascimento deste blog, ao primeiríssimo post da questão. Dizem que recordar é viver, mas p'ra mim isto é mais um regressar e sofrer, é parecido. Amanha já vou estar melhor. Já devo ter ultrapassado a fase da auto-mutilação verbal.
Gostava mesmo de me perceber e sobretudo de me apreciar, mas estou longe disso. Lá está, são os tais recalcamentos de que o John fala. Por falar em recalcamentos...recalcar, acho que é isso que me define. Não passo de uma folha de papel vegetal, é tudo e são os outros que me constroem ao olhos de ninguém, daí o meu esforço de reconhecimento. Não sei qual é o meu molde ou decalque. Talvez se tenha partido ao longo dos anos.
Epah vejam lá se isto está soar assim muito pó depressivo-suicida, não leiam mais! Sintam-se em casa, até porque só tou a pensar p'ra fora da minha cabeça, vocês são o meu Artur (amigo imaginário) e não vou alongar-me muito mais.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Na Tua Mão...

...nessa mão onde cabe perfeito o meu coração.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Em Nome Da Arte...


Guillermo Habacuc Vargas, artista costarriquenho escolhido para representar a Costa Rica na Bienal Centroamericana Honduras 2008, teve um acesso de insanidade mental numa exposição em Manágua, capital da Nicarágua. O artista, com o intuito de chocar despropositadamente o seu público, não pensou duas vezes agarrou num cãozito moribundo e levou-o para morrer numa das galerias da exposição.
O pretexto do artista foi a hipocrisia patente na sociedade, então, em nome da arte o pobre cãozinho morreu em plena exposição perto de uma obra de Vargas - uma frase feita com comida de cão, irónico não?
Eu até posso concordar com a parte da hipocrisia, a verdade é que passamos todos os dias por milhares de animais e, muito pior, milhares de pessoas que não têm o que comer. E pensar que a ajuda fica apenas à distância de um olhar de pena inerte. E é, aqui, que não posso concordar com Vargas. Ele teve a oportunidade de em vez de exaltar a hipocrisia, dar espaço e visibilidade à bondade, à solidariedade e à denúncia. Ao invés, provou ser apenas mais um hipócrita e, mais que isso, um hipócrita cruel e intencionalmente negligente.
É precisamente no livre arbítrio que reside o pior defeito do ser humano - o egoísmo. Vargas fez este acto de pura crueldade não para mostrar ao mundo a hipocrisia da sociedade, mas para se auto promover. Pensou exclusivamente nele e deixou morrer uma vida que, embora animal não é menor que qualquer outra. A meu ver, muito maior e mais valiosa que a deste inqualificável artista e da cambada de atrasados que visitaram a exposição e que nada fizeram para parar o show sádico e desumano de Vargas.

Esclareçam-me só uma coisa, estamos no século XXI certo?

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Ai Que Eu Agora Também Tou Ali

Pois é, e se eu vos dissesse que andei a falar com Bocage? Diriam que sou maluquinha, mas não! Andei mesmo a falar com esse grande senhor e ele, vejam só, convidou-me para escrever no Ai!
E eu claro, vi primeiro na agenda e coiso, e aceitei. Portanto, a partir de agora têm mais um motivo, meramente acessório, para visitarem http://www.aiqueistocusta.blog.com/, pois eu vou lá estar para fazer com que os posts não sejam todos muito bons, vou dar um ar da razoabilidade ao belíssimo sítio do amigo Bocage.

Obrigada Bocage.




------» me happy

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Headliners At Any Cost!


Agora ela também não pode comer arrefadas querem ver!!

Qualquer dia aparece com a lingua preta e dizem que teve a beber vodka preta, quando na realidade era um pinta linguas de coca-cola!

Esta gente anda parva...

domingo, 21 de outubro de 2007

The World's Greatest Drunk

Un(fucking)believable...

terça-feira, 16 de outubro de 2007

O Preço da Diferença

De forma a continuar a melhorar o défice do Estado, os trabalhadores portadores de deficiência vão ver-se obrigados a pagar cerca de mais 107% de IRS! Mais do dobro do que pagavam.
Será que ninguém tem consciência que estas pessoas pagam exorbitâncias para terem uma vida com alguma qualidade? Têm o dobro das dificuldades de uma pessoa sem deficiência, o dobro das despesas, o dobro das preocupações, o dobro das incertezas. Tudo bem, vão ter outras contrapartidas, mas será que estas cobrem as adversidades? Não creio.
Em Portugal, temos um nível de vida inferior ao da vizinha Espanha, contudo tínhamos que ser grandes em alguma coisa, então, bora ter um IVA de 21% (+ 5% que em Espanha). Agora, imagino o Zapatero a dizer "mejoramos las condiciones de vida de los deficientes españoles", e o Sócrates vira-se e diz "ai é? ai é? Eu..eu.. aumentei o IRS aos meus! Toma!".

Eu continuo a dizer, Portugal é, sei lá...fantástico.

domingo, 14 de outubro de 2007

What the Fuck!?


Desculpem mas este tem que ser grande!
Ainda estou pasma! Por momentos cheguei a pensar que isto fosse obra do sono, mas afinal não. Afinal estava mesmo diante da maior barbaridade escrita que alguma vez vi. Rui Ramos, que dá pelo titulo de historiador, é licenciado em História e doutorado em Oxford (palavras do senhor Paulo Pinto Mascarenhas). Ora este Sr. Dr. Historiador escreveu um artigo, publicado na revista Atlântico, intitulado de Heil Che. Esta revista, que tem também um lugar na blogosfera - http://www.atlantico-online.net/blogue/ ou http://revista-atlantico.blogspot.com/2007/01/rui-ramos-no-pblico.html - foi mencionada num outro sítio da mesma - http://virtualidades.blogspot.com/2007/10/heil-che.html - por causa deste mesmo artigo, em que o deslumbrado bloguista contava assim:


As esquerdas ficaram alarmadas com a brilhante capa da Revista Atlântico deste mês. Provavelmente não leram o brilhante artigo do Rui Ramos, que até nem chega a escrever directamente sobre mortandade causada por Che no período revolucionário cubano. Até é um artigo soft, mas bem elucidativo da essência da personalidade de Guevara. Argumentos e factos históricos não interessam a este debate. O que realmente importa é "berrar" contra a analogia criada pela imagem. Che Guevara, inacreditavelmente, ou não, continua um icon desta esquerda revolucionária e saudosista. Mas esta idolatria em relação ao médico argentino também nos diz muita coisa sobre esta "gente". "Diz-me quem idolatras, e eu digo-te quem és!"
Published by Nuno Gouveia on Terça-feira, Outubro 09, 2007 at 17:38

Realmente o que aqui não importa são argumentos e factos históricos, vamos reflectir?
Bom, como gosto de falar e ter a certeza do que digo, qual não é o meu espanto a ver que o tal artigo era mesmo a comparar Ernesto Guevara a Adolf Hitler!! Como ainda estou um pouco atordoada deixo-vos aqui pitada desse mesmo artigo:


O “povo” foi a grande companhia imaginária de Guevara. “Sem o apoio da população” nada podia ser feito, repete vezes sem conta. Mas essa população não era a das pessoas que existiam. Era um povo teórico, que o próprio Guevara se propunha criar submetendo a população à hierarquia e disciplina rígidas do exército revolucionário. Fora da hierarquia e da disciplina revolucionária, o povo não lhe interessava: “a democracia revolucionária não se exerce na condução dos exércitos em nenhuma época e em nenhuma parte do mundo, e onde isso foi tentado, acabou em fracasso”. Fala muito dos “camponeses pobres”. Mas diante deles, no Congo e na Bolívia, percebeu que não podia comunicar com eles. No Congo, porque os revolucionários cubanos que o seguiam nunca levaram a sério os nativos: “Os nossos eram estrangeiros, seres superiores, e faziam-no sentir com demasiada frequência”. Ele, porém, não era melhor, quando escrevia que viera para “cubanizar os congolenses”, impor ao seu desleixo a regra ascética do exército revolucionário (ficando furioso quando julgou assistir à “congolização dos cubanos”, contaminados pela anarquia local).
Na Bolívia, os camponeses que o viram e ao seu bando chamaram-lhes, como Guevara notou no diário, “os gringos”. Era o nome dado aos brancos dos EUA. Guevera, o inimigo dos gringos, era um gringo: o filho literato de uma família de aristocratas e milionários argentinos, definido acima de tudo pelo ancestral ressentimento das elites espanholas da América contra os EUA – um sentimento suficientemente forte para a família se lembrar que Guevara, em 1945, se opôs à entrada da Argentina na guerra contra a Alemanha nazi, porque considerava os EUA, e não o nazismo, o inimigo principal".

In o Insurgente - http://www.oinsurgente.org/2007/10/02/o-desprezo-de-che-guevara/Post intitulado O desprezo de Che Guevara, Publicado a 02 de Outubro de 2007 às 1:30 am por André Azevedo Alves.


Este senhor baseando-se nos diários de Che Guevara, elaborou, de acordo com aquilo que lhe pareceu bem, uma grande Estória. De qualquer forma, se este senhor faz estas afirmações espero que as possa provar. Quanto ao termo "gringo" eu passo a esclarecer - Gringo é um termo utilizado na América Latina, existente tanto em português quanto em espanhol. Pode denotar significados diferentes de acordo com o país ou a região que é utilizado. De maneira geral, o termo é aplicado para indivíduos estrangeiros, residentes em ou de passagem pelo país, especialmente quando falante de língua não vernácula. O que faz de Che Guevara um estrangeiro na Bolívia e não um Americano, certo?
Relativamente à última frase citada, esta posição de Che está correcta do ponto de vista do Comunismo, como também há que ter em conta a posição da própria Argentina, sim porque Che Guevara não pode servir de bode espiatório para tudo! O que preciso dizer ao Sr. Dr. Rui Ramos é que nós não tínhamos nenhum Che Guevara a impedir Salazar de se opor à entrada de Portugal na guerra contra a Alemanha. Contudo, ao contrário da Argentina que se fechou sobre as suas próprias guerras, Portugal meteu o rabinho entre as pernas e fechou-se sobre si próprio, porque assim, ou a Salazar, convinha! Agora diga-me qual destas posições a mais correcta? A meu ver, nenhuma! Não julgue p'ra fora, vá cá p'ra dentro!
O que, de facto, me irrita mais é a cambada de leigos que, aparentemente não auferindo de nenhum sentido critico sobre aquilo que lêem, aplaudem esta barbárie de artigo, bajulando o tal senhor.
Se por acaso não percebem o porquê da minha indignação a esta comparação demente que Rui Ramos faz, eu vou mostrar-vos outros artigos deste e sobre este mesmo senhor, que podem esclarecer, não só a minha profunda indignação, como também o seu cerne de pensamento e de todos os que o classificam como "o maior historiador de sempre". Passo então a citar um artigo de Rui Ramos sobre a execução de Saddam Hussein, presente no blog, quem diria (!), da revista Atlântico:

Quando quase nada é óbvio
RUI RAMOS(Público 3/01/06)

Para quem não pôde abster-se de imprensa ou internet nos últimos dias, foi impossível escapar às imagens da execução de Saddam Hussein. A propósito, discutiu-se quase tudo, da pena de morte à “justiça dos vencedores”. Partilho muitas das reservas perante a execução, mas a última parece-me descabida. A justiça é sempre de quem, além da razão, tem a força. O que foram os tribunais de Nuremberga ou de Tóquio, senão justiça dos vencedores? Não há justiça dos vencidos. É verdade que o processo de Bagdade deu sobretudo forma judicial a uma execução política. Mesmo assim, foi uma apreciável homenagem da vingança à legalidade, num meio em que as vidas humanas são baratas.

Faço aqui uma pausa para dar uma grande ovação a Saddam Hussein que, sendo uma pobre vida humana barata, matou outras milhentas pobres vidas humanas baratas, mas que aos olhos (vendados, creio) de Rui Ramos, não interessam aqui p'ra nada!

(...) Teria preferido ver Saddam na Haia, como Milosevic, embrulhado num processo interminável. Mas isso é uma questão de sensibilidade cultural.

Então é assim, este senhor, tão sensível do ponto de vista cultural, preferia ver Saddam no tribunal num processo interminável, ou seja, "não vamos matá-lo que isso é pouco e muito feio! Vamos mazé atulhá-lo de borucracias até às barbas na Holanda, porque isso sim vai doer e é justo!". De seguida, para se limpar (a meu ver), Rui Ramos fala de Bush e do seu deplorável desempenho como representante do Império Estado-Uniense. Ora que fique aqui bem claro que eu considero que a pena de morte é, de facto, um parcial desrespeito pela vida humana. E parcial porque se deve ter em conta que quem vai ser executado não é a senhora Laurindinha que decidiu roubar um tomate na mercearia da vizinha, são pessoas que cometeram crimes hediondos e que acima de tudo roubaram outras vidas, a meu ver, não menos importantes. E a abolição da pena de morte neste casos é, para mim, como uma declaração de insanidade mental num tribunal, que faz com que estas pessoas possam não ter que pagar pelos seus crimes da forma que seria esperada. Para mim, a declaração de insanidade mental devia ser uma constatação já interiorizada à priori, uma vez que quem mata por matar não é, de facto, bom da cabeça. Contudo, isso não faz com que deva ficar impune.
Quanto ao Bush, Sr. Dr. Rui Ramos, aquilo que diz não é novidade nenhuma, a gente já sabe a merda que para ali vai e, que o pobrezinho ainda tá na época dos descobrimentos petrolíferos.
Agora e, para vosso alivio (isto é, para os que lerem isto até ao fim), já para finalizar, deixo-vos uma opinião de um bloguista que explica esta perseguição de Rui Ramos à esquerda.

Rui Ramos

Um programa de História, na RTP, feito por um homem de direita é algo novo. Nos últimos 30 anos nunca tinha acontecido. Pode tornar-se hábito, atenção. O público (o pouco público que vê estes programas) pode gostar de ouvir outras pessoas - um público mais heterogéneo, que não se resuma só ao Bloco. Claro que o primeiro programa, com a Maria Filoménica Mônica, ficou na base da conversa de café. Mas este, emitido ontem, com Adriano Moreira... Enfim, é de ficar a ouvir até ao fim, colada a cada memória, a cada pedaço de história viva, a cada fio de conhecimento. Que em Adriano Moreira é como o fio de Ariane. Nunca termina.
In http://tangerinadoce.blogspot.com/2006/10/rui-ramos.html, publicado por Judite a Quarta-feira, October 11, 2006.

Falta só, aqui, um comentário a este post:

SGC said...

O Rui Ramos é, actualmente, um dos meus historiadores de eleição - socorro-me, amiúde, dos seus escritos, para sustentar a(s) minha(s) tese(s) e...já era tempo destes "pás" começaram a saber o q é a História! (a verdadeira) (...) Em Belém não devia estar aquele "equívoco" da direita, mas esta direita lúcida, personificada na figura de Adriano Moreira, mas há povos que não merecem pessoas ilustres...
Abraço apertado da velha amiga de direita!

Primeiramente, está tudo esclarecido! Ele é um homem de direita! Daqueles que têm a figura de Salazar na mezinha de cabeceira. Em segundo lugar, portanto, "um público mais heterógeneo que não se resuma só ao Bloco", a fraca audiência destes programas é do Bloco de Esquerda. Eu não sou, e agora? E os dados do INE??? Em terceiro lugar é Maria Filomena Mónica! E não Maria Filoménica Mônica...Isto ainda precisam de umas aulinhas. Por fim, quanto ao comentário depreende-se que a verdadeira História é a de direita! Opah por favor!!!!!!!

Bom já já mesmo para acabar, eu devo explicar que a minha simpatia pelo Comunismo, deixa muito espaço para criticar o mesmo. Não concordo com muitos aspectos que integram a ideologia Marxista-Leninista e, muito menos, com alguns pontos da história política do partido. No entanto, nada me dá o direito de desrespeitar a memória daquele que lutou pelos direitos de muitos povos latinos e que é hoje uma referência mundial na luta pelos direitos básicos de qualquer cidadão. Cabe-me tembém dizer que, para lá desses handicaps estruturais e ideológicos do PCP, este é o único partido que, mais uma vez a meu ver, é fiel na sua representação do povo.
Ah e em relação aquilo que é dito aqui - http://barnabe.weblog.com.pt/arquivo/049661.html, intitulado de O Cunhal de Rui Ramos, só tenho a dizer que foi graças ao Senhor Cunhal e à tortura a que foi submetido, que Ruizinho pode expressar todas estas barbaridades e que, ao contrário do que é dito, não se deve considerar um erro o ser-se fiel aos ideais, mas sim um acto de coerência e coragem que hoje não abunda nem a torto nem à direita.

sábado, 13 de outubro de 2007

Ai Fazes Fazes...

"Há qualquer coisa de leve na tua mão,
Qualquer coisa que aquece o coração
Há qualquer coisa quente quando estás,
Qualquer coisa que prende e nos desfaz

Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol

A forma dos teus braços sobre os meus,
O tempo dos meus olhos sobre os teus
Desço nos teus ombros para provar
Tudo o que pediste para levar

Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais...

Tens os raios fortes a queimar
Todo o gelo frio que construí
Entras no meu sangue devagar
E eu a transbordar dentro de ti

Tens os raios brancos como um rio,
Sou quem sai do escuro para te ver,
Tens os raios puros no luar,
Sou quem grita fundo para te ter

Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais...

Quero ver as cores que tu vês
Para saber a dança que tu és
Quero ser do vento que te faz
Quero ser do espaço onde estás

Deixa ser tão leve a tua mão,
Para ser tão simples a canção
Deixa ser das flores o respirar
Para ser mais fácil te encontrar

Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais...

Vem quebrar o medo,
Vem saber se há depois
E sentir que somos dois,
Mas que juntos somos mais

Quero ser razão para seres maior
Quero te oferecer o meu melhor
Quero ser razão para seres maior
Quero te oferecer o meu melhor

Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol"

Tiago Bettencourt

O Post Sério II: O que ficou por dizer.

Bom, e o que ficou por dizer e, passo a explicar porquê, foi um muito OBRIGADA à nossa grande Associação de Estudantes, que realmente tem feito um grande trabalho a zelar pelos interesses dos estudantes à porta fechada e com manifestações tardias! E o porquê de me ter esquecido reside, justamente, no facto de nem me lembrar que existe uma AE, isto, porque as únicas vezes que vejo qualquer intervenção desta no quotidiano da ESE é na organização de festas. De resto, é uma entidade abstracta, toda a gente sabe que existe mas não é algo que se veja.
O que me dá paz de espírito é que, felizmente, não contribuí para que hoje estivessem à frente da nossa Associação de Estudantes. Se não sabem fazer melhor, não estraguem o pior que já está feito. Dirigir uma AE não um hobbie, é sim uma tarefa que exige seriedade e, acima de tudo, responsabilidade. E isso, meninos, é coisa que não abunda muito por esses lados. E asseguro-vos que cada vez que vos ouvir gabar que já dirigiram ou que dirigem uma AE, vou lá estar para desmentir tal barbaridade!
Amigos amigos, AE's à parte.

Obrigada Claroca pelo reminder =)*

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

O Post Sério.

Bom, por tudo o que tem vindo a acontecer na nossa ESE e por tudo o que já tem sido feito pelos camaradas do estefanilho e companhia, acho que é imperativo que as coisas comecem a tomar uma forma mais séria. É necessário que estas atitudes do órgão dirigente da escola e do próprio IPS comecem a ter repressões palpáveis, que façam com que passemos a ser levados a sério e não como uma mera cambada de insatisfeitos cobardes. Porque, acreditem que é assim que nos vêem!
É, de facto, lamentável que só assim consigamos expressar a nossa opinião. Lá vai o tempo da censura, contudo, esta parece nunca ter abandonado as paredes brancas da ESE e creio que todo o recinto do IPS.
Caríssimos, é tempo de agir.
Não consigo perceber como é que num Instituto Politécnico se paga mais propinas que numa Universidade e, perdoem-me a ignorância, mas há aqui qualquer coisa trocada não? Na ESE, e restantes escolas do IPS vai ser este ano aplicada a propina máxima de 900€, dividida em quatro prestações.
Em primeiro lugar, só me apetece chorar. Em segundo lugar, tenho uma comparação que preciso mesmo divulgar e que, provavelmente, não será grande novidade. Na faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, o valor das propinas de qualquer curso, nomeadamente da licenciatura com mestrado integrado em psicologia ronda os 774€/ano, eu disse MESTRADO INTEGRADO! Ora posto isto, vamos avaliar bem as coisas. Eu já estive nas instalações da faculdade mencionada e esta não deixa nada a desejar, mesmo nada. Para além disso, na ESE estamos a pagar 900€ por uma licenciatura, apenas. Ah sem contar com mais 900€ por meio ano. Agora pergunto-me, isto é normal? Não! Aliás, espanta-me que o Ministério da Educação, o Governo e, agora o nosso muito preocupado, Presidente da República não vejam uma coisa destas! Dá vontade de sermos ouvidos pelo menos uma vez dentro do pseudo gestor do sistema de educação nacional e logo a seguir mandar o presidente ir bater nos manifestantes da ponte, que é realmente o que ele sabe fazer melhor, isto para além de comer bolo-rei.
Eu estou francamente cansada disto tudo, cada dia é uma decepção.
Este ano vamos pagar 900€ para frequentarmos um curso, numa instituição em que existem plasmas no átrio em detrimento de professores! Por favor, não estamos numa loja de informática em que, para pagar stock se despede a mão-de-obra.
Os anos avançam e a escola apodrece. As prioridades viram outras, que não o ensino.
Por tudo isto, amigos, é premente uma atitude mais séria em relação a todas estas violações dos direitos do estudante. É só coçar p'ra dentro e não ver nada feito para que nós, razão pela qual a escola e todo o IPS foram construídos em primeira instância, possamos ter um ensino de qualidade, em que as coisas são feitas conscientemente e em que se tem em consideração que não se tratam de animais amestrados mas de pessoas que dão o litro, a sanidade mental e a carteira para terem alguma estabilidade profissional e pessoal futura.
Só me resta mesmo dizer que a Professora Ana Maria Pessoa não está doente! Não tá ché ché nem coisa que o valha. Está é a incomodar muita gente naquela escola, porque ela sim se preocupa, ela sim perde dias, noites, saúde, dinheiro e paciência a tentar fazer da escola um lugar habitável para os seus alunos. Vejo muito boa gente a queixar-se que isto está que é uma vergonha, está, de facto, uma vergonha, mas está! E se está alguma coisa é pela devoção desta e de outras pessoas, nomeadamente a Professora Marta Alves e o Professor Fernando Almeida, que apesar de terem, quem diria (!), vida própria fazem de tudo para que hajam condições, informação e acima de tudo formação para todos nós.
Sem mais delongas, caríssimos, vamos agir!

Élia Martins, porque a cobardia ficou algures no CD.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

"Mania da interculturalidade..."

Uma das piores experiências da minha vida! é que se nunca comeram sushi não façam a estupidez de comer!!! É simplesmente horrível! Mas se por acaso estiverem a pensar ir e pagar 10€ por aquilo, há uma opção mais económica. Vão à praia agarrem numa alguita, levem salmão cru e um cadinho de arroz. Enrolem o arroz e o salmão na alga e comam, vai dar absolutamente ao mesmo!
O pior não foi o preço que paguei e, diga-se que não comi só sushi é verdade, mas o que comi deu-me uma dor de estômago como já não me dava desde que não me lembro quando...ainda agora me dói...bolas! O mais engraçado é que eu sou uma amante de tudo o que é asiático, incluindo a gastronomia. Mas uma tempura é uma tempura, agora um sushi é um vómito seguido de uma dor de estômago.
Pena que não houvesse chikiteri, dizem que sabe melhor. Também não bebi sake.

Porra! não comi a bolinha!!

KUSAI!!!

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Bolas...gosto mesmo.

Nunca me tinha acontecido ter pachorra para ler todos os posts de um blog, mas este é de facto impossível de não ler. É que paciência nem se põe em questão! É de ler e chorar por rir mais. Este é, simplesmente, o meu blog de meseira. Eu peço desculpa por, eventualmente, ferir susceptibilidades, mas tenho mesmo que o dizer. O blog simples, em que este génio da dactilografia digital, isto mesmo sem usar o shift, despeja ao acaso pensamentos soltos, espontâneos e cheios do piadão está muito acima de um Markl. Querem saber o que é de facto ter piada sem querer ser forçosamente espontâneo, leiam uma linha de um qualquer post deste senhor blog. Põe qualquer parágrafo a um rodapé! Como diz o João "o homem é a comédia" e mais não digo. Agora há, de facto, um motivo suficientemente forte para lerem qualquer coisa que eu escreva, só mesmo para chegarem aqui a esta 10ª linha, a passar para a 11ª, de paragrafo nenhum e encontrarem um link que vai dar, finalmente, a algum sitio com sentido -----» http://olhequenao.blogs.sapo.pt/. Acham que existe melhor? Olhem que não, olhem que não.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Só Comigo!

E porquê só comigo? Bom, eu explico. O que é tido como normal acontecer a qualquer pessoa, para mim é sempre tido como um milagre. As coisas correm-me bem quando? Geralmente, é sempre no dia 1 de Abril, "ah e tal correu-me tão bem, nem acredito! ah mas afinal era mentira!". Portanto, nada me corre bem. Para mim é sempre tudo uma grande merda.
Os dias passam e nem as galinhas ganham dentes, nem as vacas tossem, nem o rei faz anos.
Hoje estou particularmente jodida, e porquê o castelhano? Por nada em concreto, apeteceu-me.
Estou um bocado desconfortável, o que também não é novidade encontrando-me eu forrada com a minha pele. Contudo, não deixa de ser desagradável.
Não, realmente nada do que escrevo faz sentido, mas normalmente devemos ser sempre coerentes, logo vindo de mim não pode fazer qualquer sentido. Hoje é, de facto, um dia não muito agradável e a noite promete.
Provavelmente o melhor que faço é recorrer ao micro crédito para pagar as propinas. Não é é nenhum negócio, pelo menos não para mim. Realmente faz jus ao nome, Bolonha. Um monte de merda picada em cima daquilo que, aparentemente, até estava a correr não muito mal.
Isto cá dentro é um misto de Guevara com Pessoa, é tanta revolta que até dói só de pensar.
Há tanta coisa estúpida na vida. A própria vida é, provavelmente, a mais estúpida. E a minha, meu Deus! É o cumulo da estupidez.
Bah já não me apetece escrever, até porque, como escrevo aquilo que penso, agora não é uma boa altura para ditados ordinários. Depois ainda me acusam de spam! Era só o que me faltava...
O que me resta é aceitar? Tudo bem, fingir é comigo!
Num mundo perfeito frio é o gelo, não as pessoas. Mas este mundo é tão mais espectacular na sua imperfeição que conseguem ser ambos frios. Se calhar tenho é de começar a dar-me com animais.
Mais espectacular ainda é a segurança social, é um sitio didáctico e pedagógico de interacção com o utente.
É assim, vamos lá não é? chegamos lá e temos que tirar senha. Somos o 596, está no 111. Passamos lá umas horitas da manha a decifrar os cheiros que por ali passam. Vamos almoçar. Voltamos, está no 200. Passamos lá o resto do dia, assistimos à matine da tarde "Peixeirada", protagonizada pelas Ciganas de Xabregas. Entretanto, somos atendidos. Temos que dizer à senhora idosa que nos está a atender que queremos uma declaração, mas!!! devemos sempre dizer que estamos prestes a fazer fraude ou então que estamos a receber dinheiro do abono indevidamente, porque só assim é que eles nos apanham, é que caso contrario "as informações não se cruzam" (by Carlota da Loja do Cidadão dos Restauradores, balcão 4).
Portanto, não se esqueçam de fazer o vosso dever, caso contrário o sistema não pode funcionar!
Eu sei, não digo pão.

Bolas, nunca mais é sonho...

domingo, 30 de setembro de 2007

O Morto Vivo...

Há cerca de três horas atrás estava eu a ver o telejornal da RTP1 quando aparece essa grande figura do panorama cultural que é Rui Lagartinho. Este grande jornalista, de cabelo encaracoladinho e ar apático, estava a falar do concerto que comemora os 10 anos do quinteto Sassetti, quinteto Jazz de Bernardo Sassetti.
Não sei, realmente, como é que aguentei estas cerca de três horas para falar sobre isto! Mais, não consigo perceber como é que o operador de câmara se aguentou em pé, considerando os 9kg que carrega ao ombro. Pior, não consigo perceber em que medida é que depois vêm dizer que as artes e este tipo de música instrumental são maltratadas e não apreciadas...Podera! para além deste estilo de música ser um estilo que apela ao verdadeiro gosto pela arte musical e à paciência, coisa pouco abundante na geração contemporânea, com um repórter sem expressão facial ou qualquer tipo de expressão é impossível não mudar de canal ou perder o total interesse, já completamente inexistente, por aquilo que se está a expor.
É pena não vos poder presentear com o ar catatónico deste senhor, mas não encontrei imagens ou vídeos. Contudo, asseguro: Rui Lagartinho é um verdadeiro morto vivo, não ri, não franze o sobrolho, não NADA! Por muito interessante que seja o seu discurso (põem-se aqui algumas dúvidas), é quase impossível a não distracção. É como estar a ver uma novela mexicana, em que a dobragem é tão bem feita que a voz não está coordenada com os movimentos faciais dos intervenientes.
Largatinho, amigo, descomprime.

sábado, 29 de setembro de 2007

A Cegueira Mundial...

Aung San Su Chi


Onde estão, hoje, os humanitários Estados Unidos da América?
Recursos Naturais do Myanmar: Madeira, Zinco, Petróleo... razões habituais não faltam.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

"Beyond The Word: The World Of Mine"

Já deveria ter colocado este post à mais tempo, mas nunca é tarde para uma homenagem merecida.


Marcel Marceau


A expressão pela palavra é coisa fácil e comum. A expressão pelo corpo, tarefa só para alguns. Só mesmo para aqueles em que as palavras são meros excedentes da expressão humana.

Um adeus silêncioso com uma saudade gritante a uma forma única de sentir que só se alcança com o gesto.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

4 (das muitas) razões que fazem de portugal um país especial...(-_-)'

1º - A Solidariedade
Em Portugal existem mais de 9 mil sem abrigos, só na cidade do Porto. O que é que o povo português faz? Passa 15 anos a juntar + de 70 milhões de euros para a construção de uma Sé em Fátima! É que não existe nada que fizesse mais falta!

2º - A Paz de Espírito
Surgiu uma nova lei que faz com que os capelões sejam obrigados a passar recibos verdes para darem a paz de espírito a doentes crónicos. Coitados pah obrigados a receber dinheiro pelo trabalho humanitário que prestam, realmente não se faz!

3º - O Tratamento Hospitalar
Em Portugal os doentes oftálmicos entram no hospital para curar cataratas e saem ou sem olhos, ou com córneas desfeitas. Isto, devido aos elevados cuidados higiénicos e de segurança epidémica. Nunca me senti tão bem com as minhas dioptrias e não penso largá-las por nada!

4º - Por fim, uma das melhores: O Sistema Penal
Em Portugal fazem-se revisões periódicas do código penal, estas servem para melhorar o nosso sistema penal e não é que melhora mesmo!! Graças a esta revisão foi criada uma nova lei respeitante ao código penal, em que deixa de ser permitido o prolongamento da prisão preventiva por mais de "x tempo" (não me lembro), ou seja, logo a seguir à aprovação da dita lei foram libertados os indivíduos que se encontravam em prisão preventiva à mais do "x tempo". Entre eles, um inocente jovem de vinte e poucos anitos que abusou sexualmente do enteado de 2 anos de idade que acabou por falecer.

Portugal é realmente, sei lá...incrível(-_-)'

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Aren't You Such A Little Pig! Brummmmmmm!!


Spiderpig, Spiderpig,

Does whatever a spiderpig does

Can he swing from a web

No he can't, he's a pig.

Look out!

Here comes the Spiderpig!
***

To a very special one =) [miss u]*

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Epah que L O L!!!

Só a simples existência de lixo televisivo como As Tardes Da Júlia e o Contacto já é de lamentar, epah porque senhoras da vida como convidadas com aquelas estórias de um interesse nacional imensurável e slogans do tipo "O Meu Familiar é um Homicida!!!" é naquela, agora chegar ao cúmulo de se fazerem birras em directo e dar uma de orgulho ferido sentido por todos os amiguinhos é simplesmente inqualificável.
Nuno Graciano foi, ao que parece, moralmente agredido por Eduardo Vinagre o autor de Voz Off, uma rubrica tipo Tertúlia Cor-De-Rosa mas por escrito do Correio da manhã. A crónica ou humilhação à imprensa escrita intitulada de "A Educação de Rita" enaltece esta figura tão marcante da nossa sociedade (hum hum...) que é Rita Ferro Rodrigues e de como esta ascendeu na vida sem precisar do Sr. Cunha (pois...). Já o co-apresentador do programa das tardes da SIC, segundo insinuações de Eduardo Vinagre, ao contrário de Rita que tem pais ricos, foi ao BES...(-_-)'
Ora para ripostar este ataque, o "Tio Careca" foi defendido não só pela educadíssima e amissíssima Ritinha como por toda a equipe do "Contacto". Como se isto não bastasse, Graciano ainda colocou uma foto de Eduardo Vinagre no lixo dizendo: "a partir de hoje o teu lugar na minha vida é aqui! (no lixo)". Bom, o Nuno realmente ganhava mais se tivesse ficado calado e se tivesse evitado aquele drama todo, é que para além de ter dado uma de indefeso devia ter percebido a figura que fez e a situação, aquela sim, humilhante em que se colocou. Se fosse um homenzinho teria ficado calado e resolveria as coisas como uma pessoa de idade mental igual à idade fisíca, sim porque Nuno, amori, não é na televisão que se lava roupa suja.
Não menos despresível é o próprio Eduardo Vinagre, um parasita da sociedade que vive às custas da coscuvelhice não ficando atrás de um Cláudio Ramos ou de uma Maia, pessoas que aceitam fazer qualquer "trabalho" apenas pelo mediatismo exercendo um impacte horrendo sobre as mentes fracas da nossa sociedade. Também Júlia Pinheiro, naquela coisa que insistem chamar de programa, faz um papelão ridículo. Já não bastava armar-se em psicóloga enquanto ocupadora de página na revista Lux, tinha que vir ocupar espaço de antena para a televisão.
Estas cenas, dignas de fazer corar de vergonha o director de programas das duas estações, só demonstram que, na realidade, estes programas não têm qualquer conteúdo de qualquer espécie, são vazios em todos os sentidos e é lamentável que ainda tenham sequer 1% de share. Mas há um aspecto que deve ser reconhecido - a grande coragem que têm estes ditos profissionais, pessoas licenciadas com algum grau de instrução para se prestarem a este tipo de coisas. Foi para isto que andaram a pagar propinas, meus caros? Sinceramente, será que estas pessoas têm consciência da figura que fazem? Mas aquilo que me preocupa não é o ridículo a que se prestam estas pessoas, mas sim a má representação que fazem da profissão que desempenham. Mal empregues diplomas!
Se em tempos era um bacharelato e hoje uma licenciatura a porta aberta para o mercado de trabalho, daqui a alguns anos vai ser "o limite", isto é, as pessoas vão ser avaliadas não pelo canudo mas pelo "até que ponto está disposto a...". Se do dia para a noite uma taróloga com nome de abelha vira comentadora e relações públicas sem ter diploma ou instrução para tal, para quê estudar? para quê pagar um absurdo de propinas se é isto que nos espera?
Se em tempos vivíamos oprimidos, limitados e sem liberdade de escolha ou de expressão, hoje com um variado leque de opções é o nosso livre arbítrio que nos trai e que prova, infelizmente, que afinal não conseguimos pensar por nós próprios. Então hoje de quem é a culpa da inércia cognitiva e da dormência cultural desta sociedade?(resposta no canto inferior esquerdo do post)*

* "A culpa é do sistema!"

domingo, 16 de setembro de 2007

Infeliz Mundo da Publicidade

Hoje deu-me para isto, sempre tive vontade e, finalmente, vou "fazer o gosto ao dedo".
Naqueles intervalos de 2 minutos (meia hora), entre as novelas e afins levo com cada spot publicitário que fico c'a pinga de lado (-_-)' a pensar "huh?". Passo a enumerar alguns desses anúncios infelizes:

Millenium BCP e seu slogan inspirado (no fim de cada anúncio) - "A vida inspira-nos"
Cada vez que oiço a frase lembro-me logo das criancinhas do Darfur, que inspiração!

TvCabo e as 3 amigas
"Há coisas fantásticas não há?" Realmente que as há há! A falta de piada do anúncio que começa a ficar repetitivo.

Sapo ADSL dá-te 25€ no teu saldo!
Primeiro, em que saldo?? ah pronto o anúncio é suposto só conter informação genérica, mas supostamente essa deve dar para perceber do que é se está para ali a falar. Segundo, qual é a relação entre a promoção e o anúncio?? NENHUMA!

Gelatina Royal, Cilit Bang, Skip, Persil...
E anúncios em português????

Yorn e as banheiras da promoção de Primavera
Com chamadas gratuitas da 0h as 6h da manhã agente quer é ir p' rua deslizar nas banheiras...pfv!

Agros e os seus anúncios educativos com um senhor muito jovem
Tipo que as vacas têm cinco estômagos e na realidade são de Júpiter! As vacas têm um só estômago está é dividido em cinco partes!!!! Dass que é preciso estar sempre a ensinar!

Intermarché e Sílvia Rizzo
Ela vai todos os dias ao supermercado porque para além de ser amnésica não faz mais nada senão comer frescos.
Epah sem comentários.

Terra Nostra e a singularidade dos Açores
"Nos Açores há uma vaca por cada dois habitantes, mais uma das razões que fazem de Terra Nostra um queijo tão único". Claro! quais ingredientes?! pessoas e vacas! Olha no continente há um corno por cada casal mais uma das razões que fazem de Lisboa a cidade mais linda da Europa...

O Flamengo que é queijo, feito por quem percebe da coisa
"Laurinda, como é que se chama o nosso primeiro ministro? O queijo Limiano é feito à mão daí o aspecto tosco", isto é, as pessoas que fazem queijos são analfabetas e limitadas, só sabem fazer queijos! "Mãe o que é o período? Para o queijo ficar rosado põe-se um corante na casca".

O que vale é que eu devo seguir publicidade, senão isto tava tudo perdido...(^_^)

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Divine Vision...Really There's No Such Thing

Foram os teus olhos, o teu sorriso.
O teu efeito sobre os que te rodeiam, o poder da tua palavra, a ingenuidade da tua fé. Hoje percebo que és falsa beata e que é feita de mentira a tua Sé.
Apesar de tudo não posso negar-te o mérito, todos te adoram, te idolatram, te acham inofensivo...acham-se espertos de mais, vividos de mais para se conseguirem aperceber que, na realidade, são todos os dias os palhaços que engolem todas as tuas tretas, os ditos filosóficos, as passagens da bíblia, a atitude sempre muito correcta, a linguagem cuidada...são tão otários que me chega a enjoar, a dar nojo de te olhar e de os ver a bajular.
Sabes também tenho algumas preces e vou partilhá-lhas contigo irmão: espero que sejas muito feliz sempre na benção do Senhor e que seja lá quem Ele for que te dê uma chaga por cada mentira que dizes, por cada palavra d'Ele que proferes, por cada gesto de superioridade e, apelando agora ao Santo padroeiro de todos os Call Centres lhe rogo: proteja toda e qualquer carne nova digna da atenção deste Dom Juan Herege.

Para ti Judas Camuflado,

Beijos com Mirra.

domingo, 9 de setembro de 2007

A house full of wine, a jazzy voice and a guitar named cherry...sounds just like Amy

Stronger Than Me (Live)

Chamem-lhe bêbeda, drogada, o que quer que seja. A verdade é que igual a ela é difícil encontrar, para mim uma das melhores vozes contemporâneas, senão a melhor. Um talento inigualável que parece ser uma mistura de Frank Sinatra com Jim Morrison (não preciso explicar porquê, certo?).

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

some freedom huh?

Se existem coisas que nunca ninguém me vai conseguir explicar, esta é definitivamente uma delas: Fidel Castro. Amado por uns ou pseudo amado, eis a questão. Odiado por outros, venham as razões não óbvias!
Numa das minhas passagens diárias pelo El Pais (sítio interactivo de culto onde me deleito com o mundo hispânico "pronto a comer") deparei-me com uma notícia que, não me chocando por não ser novidade, captou a minha atenção, o que não é difícil desde que ponha jornalistas e liberdade de expressão à mistura...mas recapitulando, captou a minha atenção para um tipo de mesquinhice que teimo em achar impossível de suceder nos dias que correm. Alberto Santiago du Bouchet Hernández um jornalista independente da agência cubana Habana Press foi condenado a dois anos de prisão por apropriação indevida de um lenço autografado pelo líder cubano(!!).
[Tal como cita o El Pais, a sentença, revelada no passado dia 15 de Agosto, obriga não só Alberto Hernández a dois anos sem liberdade, mas também a dois anos de trabalho num presídio e outros dois anos sobre controlo judicial. Este jornalista irá cumprir um total de seis anos de pena por ter, supostamente, roubado um lenço autografado e dedicado por Fidel a María Encarnación González Guerra que, no final dos anos 50, foi um membro activo da organização política Movimiento 26 de Julho que deu origem à Revolução Cubana. O jornalista alega que o lenço lhe foi oferecido pela proprietária do mesmo, contudo e segundo afirmações da RSF (La organización Reporteros sin Fronteras), por pressão da polícia política esta irá testemunhar contra Alberto Hernández.
Segundo fontes do El Pais, o jornalista em questão já havia sido preso por "desobediência cívil", durante um ano, em 2005 e estava em liberdade desde 2006. Ora se ele foi condenado a dois anos por ter, supostamente, roubado um lenço o que é que terá feito para ter sido preso em 2005? Ou melhor o que é que será considerado como desobediência cívil? Aah esperem liberdade de expressão!! Provavelmente disse o que pensava, está explicado...realmente não se faz, dizer o que vai na alma e no pensamento, ter orientações políticas diferentes das impostas?? realmente...onde é que os cubanos têm a cabeça? lol pergunta parva, duas palavras Marie Antoinette.]
Cuba é um hino à liberdade e Fidel Castro a pomba branca, que o digam os pugilistas retirados para sempre das competições olímpicas por terem desertado quando se encontravam no Brasil a representar o país nos Jogos Pan-Americanos. Desertaram porque vivem bem em Cuba, são é uns ingratos!
Numa ideologia em que a liberdade de expressão é algo secundário, seria necessária uma revisão de princípios, tarefa dificultada pelos maus representantes do comunismo. Infelizmente, quase toda a merda mundial alega ter ideologias comunistas (tirando o Bush que não sabe nem que é uma merda, nem o que são ideologias e muito menos o que é de facto o comunismo, para ele são bruxas - tradução: gambozinos).
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Notas: todos os elementos a bold (negrito soa-me a racista) são para chamar ainda mais à atenção, isto caso não tenham percebido a gravidade da questão(!!?!!?!!).
O texto entre parêntesis rectos "[ ]" é de leitura opcional (como se o resto fosse obrigatório...). Para pessoas com alguma paciência, portanto.
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sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Friends Will Be Friends

São tantas as pessoas com quem convivo e tao poucas as que realmente conheço.
Hoje conheci um amigo.
As pessoas são tão mais do que aquilo que mostram ou pura e simplesmente não são nem isso. São uma outra coisa que de tão diferente as faz especiais. Parece impossível, mas falo agora de ti com maior adoração, maior respeito, maior compreensão.
Hoje conheci-te.
Se existe alguma coisa neste momento da qual me posso orgulhar é de ti, de tudo o que és, de tudo o que me dás e de tudo o que hoje me deste.
Se te amo? claro! como poderia não te amar?! Amo-te hoje mais do que alguma vez te amei. Amo-te de uma forma passiva que se chama amizade.
Quem me dera que todos fossem feitos à imagem do teu interior, o mundo seria um lugar bem melhor frequentado.
É para ti que escrevo, em ti que penso quando me falta conforto, por ti que faço o que for e a ti que devo cada sorriso que esboço.
Obrigada por fazeres parte da minha vida, contigo ela começa a fazer algum sentido.

Para a Margarida Gil...

lol não é nada tava só a brincar...para ti john =)*

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

let me introduce myself...

Vivo rodeada de coisas, de gente num aglomerado sentimentalmente vazio no qual me sinto incrivelmente sozinha.
Nada nem ninguém me preenche.
Tudo o que faço, sinto e penso é imitação do que vejo, nada é legitímo ou verdadeiro...sou uma fraude social, um falhanço moral. 19 anos de convivência e nem sequer me conheço. O meu reflexo é uma construção dos meus sentidos, as minhas expressões são força do hábito, nada me pertence..
Vivo assombrada por distorções mentais do verbo gostar, nunca aprendi ou soube o que é amar e descanço na sombra da saudade daquilo que não sei se me faz falta. Forço sentimentos que não tenho, apenas para sentir.
Sou complexa, eu sei. Depressiva, também sei. Mas fora isso? isso não sei...
No auge do meu conhecimento sinto-me ignorante, na ignorância do meu ser reconheço-me..(uff..) que alivio seria renascer, sobre nada saber e em nada ter que pensar, não saber fingir ou enganar, adormecer sobre a verdade e na felicidade acordar.
A minha vida é uma contorção constante, tento caber mas não me encaixo. E apenas na ginástica das palavras me encontro (muito) de vez em quando. Mas deixo-me levar nas construções frásicas do discurso e perco-me de vista novamente...

Não passo, senão, de um encontro pontual.