terça-feira, 16 de outubro de 2007

O Preço da Diferença

De forma a continuar a melhorar o défice do Estado, os trabalhadores portadores de deficiência vão ver-se obrigados a pagar cerca de mais 107% de IRS! Mais do dobro do que pagavam.
Será que ninguém tem consciência que estas pessoas pagam exorbitâncias para terem uma vida com alguma qualidade? Têm o dobro das dificuldades de uma pessoa sem deficiência, o dobro das despesas, o dobro das preocupações, o dobro das incertezas. Tudo bem, vão ter outras contrapartidas, mas será que estas cobrem as adversidades? Não creio.
Em Portugal, temos um nível de vida inferior ao da vizinha Espanha, contudo tínhamos que ser grandes em alguma coisa, então, bora ter um IVA de 21% (+ 5% que em Espanha). Agora, imagino o Zapatero a dizer "mejoramos las condiciones de vida de los deficientes españoles", e o Sócrates vira-se e diz "ai é? ai é? Eu..eu.. aumentei o IRS aos meus! Toma!".

Eu continuo a dizer, Portugal é, sei lá...fantástico.

8 comentários:

Anônimo disse...

LOL

pela primeira vez li uma coisa tua a defenderes os ostracizados sem pareceres parva. rime bue. lol

e concordo.

Anônimo disse...

tb eu, e vou voltar...

João Pedro Lopes disse...

A Espanha, apesar dos desvios de direita do psoe e do consulado do pp de Aznar, seguiu uma política económica e social bastanta diferente da seguida cá por sucessivos governos do ps e do psd com a bengala do cds/pp (que para quem não sabe ou não quer saber já esteve em governos de maioria psd mas também em governos de maioria ps, lá para os lados do rato eles são muito pouco esquisitos).
É verdade que Espanha é cerca de 4 vezes maior que Portugal e que é, também mais rica em termos de recursos. Ainda assim é um exemplo de que há outros e melhores caminhos. O zap não é pêra doce mas o sócrates ainda é pior.

João Pedro Lopes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Pedro Lopes disse...

Já para não referir a importância das Autonomias em Espanha e dos respectivos governos autónomos. Não defendo um sistema idêntico em Portugal, mas a regionalização (que está inscrita na constituição) já ia para a frente...

Miguel Bugalho disse...

Já ía para a frente... Pois por cá para muitos ser Basco não é ser Espanhol, e os da Catalunha seguem o mesmo ideal. Existe um constante clima de divisão no país e não me parece que seja muito benéfico.

João Pedro Lopes disse...

A História mostra-nos que, ao contrário do povo português, não há um povo espanhol, mas uma multiplicidade de povos, sendo o povo basco e catalão os que constituem identidades próprias mais vincadas, como são prova disso as suas línguas próprias, mas também toda a sua cultura, etnografia, em suma, existe uma consciência de nacionalidade. Existe um País Basco e uma Catalunha, isso não é passível de discussão. E os povos bascos e catalães demonstram ano após ano, inclusivamente nas urnas, que querem ver reconhecida o seu estatuto de nação. Desde meados do século que o princípio da auto-determinação dos povos veio a ser reconhecido internacionalmente. Em Portugal tivemos que esperar por 74, em Euskadi e na Catalunha ainda estão à espera.

Uma pergunta: se Espanha tivesse adoptado um sistema politico-administrativo idêntico ao nosso seria a 5º economia da Europa?
Tenho dúvidas.

coiso. disse...

João para de roubar o meu protagonismo! Vens p'r'aqui divagar e coiso...tão mas, então?!
Ah e tal sei mais de história do que tu! Para! Deslarga-me do blog!

(kiddng)xP*