quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Em Nome Da Arte...


Guillermo Habacuc Vargas, artista costarriquenho escolhido para representar a Costa Rica na Bienal Centroamericana Honduras 2008, teve um acesso de insanidade mental numa exposição em Manágua, capital da Nicarágua. O artista, com o intuito de chocar despropositadamente o seu público, não pensou duas vezes agarrou num cãozito moribundo e levou-o para morrer numa das galerias da exposição.
O pretexto do artista foi a hipocrisia patente na sociedade, então, em nome da arte o pobre cãozinho morreu em plena exposição perto de uma obra de Vargas - uma frase feita com comida de cão, irónico não?
Eu até posso concordar com a parte da hipocrisia, a verdade é que passamos todos os dias por milhares de animais e, muito pior, milhares de pessoas que não têm o que comer. E pensar que a ajuda fica apenas à distância de um olhar de pena inerte. E é, aqui, que não posso concordar com Vargas. Ele teve a oportunidade de em vez de exaltar a hipocrisia, dar espaço e visibilidade à bondade, à solidariedade e à denúncia. Ao invés, provou ser apenas mais um hipócrita e, mais que isso, um hipócrita cruel e intencionalmente negligente.
É precisamente no livre arbítrio que reside o pior defeito do ser humano - o egoísmo. Vargas fez este acto de pura crueldade não para mostrar ao mundo a hipocrisia da sociedade, mas para se auto promover. Pensou exclusivamente nele e deixou morrer uma vida que, embora animal não é menor que qualquer outra. A meu ver, muito maior e mais valiosa que a deste inqualificável artista e da cambada de atrasados que visitaram a exposição e que nada fizeram para parar o show sádico e desumano de Vargas.

Esclareçam-me só uma coisa, estamos no século XXI certo?

2 comentários:

Anônimo disse...

sem duvida o teu melhor.

piska tou ctg.

Hugo Luís disse...

Vargas Suck's!