quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Kirchnerstia


Realmente à coisas do #$%&?!\.

Na Argentina os políticos fazem o que se chama de campanha vitalício-póstuma. Passo a explicar: o Ex-Presidente Néstor Kirchner adoptou uma táctica política que lhe permite ficar sempre ligado à presidência da Argentina. Então é assim, o Néstor tava em casa sentadinho e tal a ouvir tangos e a pensar no fim do mandato, quando de repente a Cristininha (Fernández Kirchner - então Primeira-Dama) entra na sala no mesmo momento em que Néstor procurava respostas, foi então que se deu luz! Ao olhar pá Cristininha, Néstor pensou "nem é tarde nem é cedo! como o mandato está quase terminadinho, vais tu para lá dar a cara e limpar a merdinha que eu fiz, assim eu viro Primeiro-Cavalheiro, não faço ponta e ainda recebo por fora".

E foi aí que começou a campanha da Primeira-Dama à presidência da Argentina.

Como "uonce yu gó Eva, yu neba leabe da mierda" e saudosistas como são os Argentinos, não foram de modas e, a unha da carne da Ségolène Royal ganhou as eleições.

Próximo passo daqui a sensivelmente 3 anos e meio, antes que termine o mandato, é a Cristininha começar já a preparar o terreno pó Máximo ou pá Florencia, depois é só ir fazendo herdeiros e está tudo mais do que assegurado. Depois tem a vantagem de que quando fazem merda, fica sempre tudo em familia.
Os Argentinos estão contentes, por agora. Mas depois Argentina, não venhas cá yorar porque eles nunca te deslargaram da presidência!

Imaginem só o Cavaquinho a adoptar o mesmo esquema? Uii! Portugal virava a Liga Oficial dos Espancados da Costa Leste Europeia. E melhor! Em cima da ponte, qu'é p'ra não perder o charme!

P.S.: Não tenho nada contra mulheres presidentes, muito pelo contrario. Mas a linhagens republicanas acho que já tenho, também não pensei muito a respeito. Só não tinha mesmo era nada sobre que escrever.

sábado, 27 de outubro de 2007

...lá tou eu a pensar p'ra fora da minha cabeça...

São aquelas coisas que devem ser ditas mas que o constrangimento não deixa. Mas que acabam sempre por escapar, o que fica sempre é o constrangimento. Esse cria raízes e é como as orelhas, não para de crescer.
Há pessoas que procuram perceber uma obra de arte, eu só procuro perceber a estupidez que pr'aqui vai dentro. É muito mais minimalista, monocromático e tem meia dúzia de neurónios, não mete rabiscos nem neo-realismos. Logo, devia ser mais fácil de compreender. Mas não.
Acabo sempre por chegar aqui e sentir-me um bocado a anhar, porque já não sei o quê nem o porquê de estar a praticar erosão nas letras do teclado...Ah o quê - a estupidez, o porquê - o diluvio da mesma p'ra fora da minha cabeça. Acho que isto até consigo explicar, é que sem as minhas flatulências cognitivas, ou tudo vira merda de vez, ou fico com uma divida exterior maior que o continente africano, isto sem sequer ser a dispensa da Europa, o que é ainda mais injusto.
Agora, se vão perceber vocês o que eu escrevo? Acho que não, mas o blog também é meu, eu é que sei o que é que hei-de escrever e se deve ter algum sentido ou não. Portanto, essa atitude não vos leva a lado nenhum, até porque não estou a pensar por aqui nenhum hiperlink. A partir do momento em que o PPM se preocupa com o que escrevo a mim já me basta. Ou então não, porque hoje me apetece ser uma ilha, e não um arquipélago com um Alberto Jõao à perna, isto mesmo que percebesse de que espécie é, ou que dialecto fala.
Esta é a altura em que a paciência começa a faltar. Não p'ra escrever, porque isso distrai-me de pensar em mim. Mas de me ter aqui. Apetece-me dizer "olha vai-te deitar, que já começas a cheirar mal, sempre aqui colada a mim, irra! SARNA", mas não dá. Não dá porque não tenho um portátil, senão até ia - diz ela.
Não gosto de pensar muito. Pronto, não gosto de pensar de todo. Começo a ficar com uns nós de choro presos na garganta, pr'além de muitas outras coisas que indicam que estou a ficar constipada. Não por pensar, mas porque apanhei frio e gosto de andar descalça. Isto até pode parecer meio lamechas ou do emo, mas não é isso nem sopas. Sou eu.
Aqui já é a parte em que estou a ver se arranjo uma artimanha p'ra acabar o post, mas não me ocorre assim nada. Talvez um "bom atão se calhar coiso, já se faz tardinho e amanhã é domingo", mas não me soa bem. Ah pois é a hora mudou. Viram a destreza no que toca a fugir a assuntos? Já não tenho que pensar no final. Vou mesmo continuar a escrever.
Eu sabia que ia voltar aqui, mas não me apetecia viver sempre com a noção disso. Mas, acabei por voltar à razão de nascimento deste blog, ao primeiríssimo post da questão. Dizem que recordar é viver, mas p'ra mim isto é mais um regressar e sofrer, é parecido. Amanha já vou estar melhor. Já devo ter ultrapassado a fase da auto-mutilação verbal.
Gostava mesmo de me perceber e sobretudo de me apreciar, mas estou longe disso. Lá está, são os tais recalcamentos de que o John fala. Por falar em recalcamentos...recalcar, acho que é isso que me define. Não passo de uma folha de papel vegetal, é tudo e são os outros que me constroem ao olhos de ninguém, daí o meu esforço de reconhecimento. Não sei qual é o meu molde ou decalque. Talvez se tenha partido ao longo dos anos.
Epah vejam lá se isto está soar assim muito pó depressivo-suicida, não leiam mais! Sintam-se em casa, até porque só tou a pensar p'ra fora da minha cabeça, vocês são o meu Artur (amigo imaginário) e não vou alongar-me muito mais.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Na Tua Mão...

...nessa mão onde cabe perfeito o meu coração.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Em Nome Da Arte...


Guillermo Habacuc Vargas, artista costarriquenho escolhido para representar a Costa Rica na Bienal Centroamericana Honduras 2008, teve um acesso de insanidade mental numa exposição em Manágua, capital da Nicarágua. O artista, com o intuito de chocar despropositadamente o seu público, não pensou duas vezes agarrou num cãozito moribundo e levou-o para morrer numa das galerias da exposição.
O pretexto do artista foi a hipocrisia patente na sociedade, então, em nome da arte o pobre cãozinho morreu em plena exposição perto de uma obra de Vargas - uma frase feita com comida de cão, irónico não?
Eu até posso concordar com a parte da hipocrisia, a verdade é que passamos todos os dias por milhares de animais e, muito pior, milhares de pessoas que não têm o que comer. E pensar que a ajuda fica apenas à distância de um olhar de pena inerte. E é, aqui, que não posso concordar com Vargas. Ele teve a oportunidade de em vez de exaltar a hipocrisia, dar espaço e visibilidade à bondade, à solidariedade e à denúncia. Ao invés, provou ser apenas mais um hipócrita e, mais que isso, um hipócrita cruel e intencionalmente negligente.
É precisamente no livre arbítrio que reside o pior defeito do ser humano - o egoísmo. Vargas fez este acto de pura crueldade não para mostrar ao mundo a hipocrisia da sociedade, mas para se auto promover. Pensou exclusivamente nele e deixou morrer uma vida que, embora animal não é menor que qualquer outra. A meu ver, muito maior e mais valiosa que a deste inqualificável artista e da cambada de atrasados que visitaram a exposição e que nada fizeram para parar o show sádico e desumano de Vargas.

Esclareçam-me só uma coisa, estamos no século XXI certo?

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Ai Que Eu Agora Também Tou Ali

Pois é, e se eu vos dissesse que andei a falar com Bocage? Diriam que sou maluquinha, mas não! Andei mesmo a falar com esse grande senhor e ele, vejam só, convidou-me para escrever no Ai!
E eu claro, vi primeiro na agenda e coiso, e aceitei. Portanto, a partir de agora têm mais um motivo, meramente acessório, para visitarem http://www.aiqueistocusta.blog.com/, pois eu vou lá estar para fazer com que os posts não sejam todos muito bons, vou dar um ar da razoabilidade ao belíssimo sítio do amigo Bocage.

Obrigada Bocage.




------» me happy

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Headliners At Any Cost!


Agora ela também não pode comer arrefadas querem ver!!

Qualquer dia aparece com a lingua preta e dizem que teve a beber vodka preta, quando na realidade era um pinta linguas de coca-cola!

Esta gente anda parva...

domingo, 21 de outubro de 2007

The World's Greatest Drunk

Un(fucking)believable...

terça-feira, 16 de outubro de 2007

O Preço da Diferença

De forma a continuar a melhorar o défice do Estado, os trabalhadores portadores de deficiência vão ver-se obrigados a pagar cerca de mais 107% de IRS! Mais do dobro do que pagavam.
Será que ninguém tem consciência que estas pessoas pagam exorbitâncias para terem uma vida com alguma qualidade? Têm o dobro das dificuldades de uma pessoa sem deficiência, o dobro das despesas, o dobro das preocupações, o dobro das incertezas. Tudo bem, vão ter outras contrapartidas, mas será que estas cobrem as adversidades? Não creio.
Em Portugal, temos um nível de vida inferior ao da vizinha Espanha, contudo tínhamos que ser grandes em alguma coisa, então, bora ter um IVA de 21% (+ 5% que em Espanha). Agora, imagino o Zapatero a dizer "mejoramos las condiciones de vida de los deficientes españoles", e o Sócrates vira-se e diz "ai é? ai é? Eu..eu.. aumentei o IRS aos meus! Toma!".

Eu continuo a dizer, Portugal é, sei lá...fantástico.

domingo, 14 de outubro de 2007

What the Fuck!?


Desculpem mas este tem que ser grande!
Ainda estou pasma! Por momentos cheguei a pensar que isto fosse obra do sono, mas afinal não. Afinal estava mesmo diante da maior barbaridade escrita que alguma vez vi. Rui Ramos, que dá pelo titulo de historiador, é licenciado em História e doutorado em Oxford (palavras do senhor Paulo Pinto Mascarenhas). Ora este Sr. Dr. Historiador escreveu um artigo, publicado na revista Atlântico, intitulado de Heil Che. Esta revista, que tem também um lugar na blogosfera - http://www.atlantico-online.net/blogue/ ou http://revista-atlantico.blogspot.com/2007/01/rui-ramos-no-pblico.html - foi mencionada num outro sítio da mesma - http://virtualidades.blogspot.com/2007/10/heil-che.html - por causa deste mesmo artigo, em que o deslumbrado bloguista contava assim:


As esquerdas ficaram alarmadas com a brilhante capa da Revista Atlântico deste mês. Provavelmente não leram o brilhante artigo do Rui Ramos, que até nem chega a escrever directamente sobre mortandade causada por Che no período revolucionário cubano. Até é um artigo soft, mas bem elucidativo da essência da personalidade de Guevara. Argumentos e factos históricos não interessam a este debate. O que realmente importa é "berrar" contra a analogia criada pela imagem. Che Guevara, inacreditavelmente, ou não, continua um icon desta esquerda revolucionária e saudosista. Mas esta idolatria em relação ao médico argentino também nos diz muita coisa sobre esta "gente". "Diz-me quem idolatras, e eu digo-te quem és!"
Published by Nuno Gouveia on Terça-feira, Outubro 09, 2007 at 17:38

Realmente o que aqui não importa são argumentos e factos históricos, vamos reflectir?
Bom, como gosto de falar e ter a certeza do que digo, qual não é o meu espanto a ver que o tal artigo era mesmo a comparar Ernesto Guevara a Adolf Hitler!! Como ainda estou um pouco atordoada deixo-vos aqui pitada desse mesmo artigo:


O “povo” foi a grande companhia imaginária de Guevara. “Sem o apoio da população” nada podia ser feito, repete vezes sem conta. Mas essa população não era a das pessoas que existiam. Era um povo teórico, que o próprio Guevara se propunha criar submetendo a população à hierarquia e disciplina rígidas do exército revolucionário. Fora da hierarquia e da disciplina revolucionária, o povo não lhe interessava: “a democracia revolucionária não se exerce na condução dos exércitos em nenhuma época e em nenhuma parte do mundo, e onde isso foi tentado, acabou em fracasso”. Fala muito dos “camponeses pobres”. Mas diante deles, no Congo e na Bolívia, percebeu que não podia comunicar com eles. No Congo, porque os revolucionários cubanos que o seguiam nunca levaram a sério os nativos: “Os nossos eram estrangeiros, seres superiores, e faziam-no sentir com demasiada frequência”. Ele, porém, não era melhor, quando escrevia que viera para “cubanizar os congolenses”, impor ao seu desleixo a regra ascética do exército revolucionário (ficando furioso quando julgou assistir à “congolização dos cubanos”, contaminados pela anarquia local).
Na Bolívia, os camponeses que o viram e ao seu bando chamaram-lhes, como Guevara notou no diário, “os gringos”. Era o nome dado aos brancos dos EUA. Guevera, o inimigo dos gringos, era um gringo: o filho literato de uma família de aristocratas e milionários argentinos, definido acima de tudo pelo ancestral ressentimento das elites espanholas da América contra os EUA – um sentimento suficientemente forte para a família se lembrar que Guevara, em 1945, se opôs à entrada da Argentina na guerra contra a Alemanha nazi, porque considerava os EUA, e não o nazismo, o inimigo principal".

In o Insurgente - http://www.oinsurgente.org/2007/10/02/o-desprezo-de-che-guevara/Post intitulado O desprezo de Che Guevara, Publicado a 02 de Outubro de 2007 às 1:30 am por André Azevedo Alves.


Este senhor baseando-se nos diários de Che Guevara, elaborou, de acordo com aquilo que lhe pareceu bem, uma grande Estória. De qualquer forma, se este senhor faz estas afirmações espero que as possa provar. Quanto ao termo "gringo" eu passo a esclarecer - Gringo é um termo utilizado na América Latina, existente tanto em português quanto em espanhol. Pode denotar significados diferentes de acordo com o país ou a região que é utilizado. De maneira geral, o termo é aplicado para indivíduos estrangeiros, residentes em ou de passagem pelo país, especialmente quando falante de língua não vernácula. O que faz de Che Guevara um estrangeiro na Bolívia e não um Americano, certo?
Relativamente à última frase citada, esta posição de Che está correcta do ponto de vista do Comunismo, como também há que ter em conta a posição da própria Argentina, sim porque Che Guevara não pode servir de bode espiatório para tudo! O que preciso dizer ao Sr. Dr. Rui Ramos é que nós não tínhamos nenhum Che Guevara a impedir Salazar de se opor à entrada de Portugal na guerra contra a Alemanha. Contudo, ao contrário da Argentina que se fechou sobre as suas próprias guerras, Portugal meteu o rabinho entre as pernas e fechou-se sobre si próprio, porque assim, ou a Salazar, convinha! Agora diga-me qual destas posições a mais correcta? A meu ver, nenhuma! Não julgue p'ra fora, vá cá p'ra dentro!
O que, de facto, me irrita mais é a cambada de leigos que, aparentemente não auferindo de nenhum sentido critico sobre aquilo que lêem, aplaudem esta barbárie de artigo, bajulando o tal senhor.
Se por acaso não percebem o porquê da minha indignação a esta comparação demente que Rui Ramos faz, eu vou mostrar-vos outros artigos deste e sobre este mesmo senhor, que podem esclarecer, não só a minha profunda indignação, como também o seu cerne de pensamento e de todos os que o classificam como "o maior historiador de sempre". Passo então a citar um artigo de Rui Ramos sobre a execução de Saddam Hussein, presente no blog, quem diria (!), da revista Atlântico:

Quando quase nada é óbvio
RUI RAMOS(Público 3/01/06)

Para quem não pôde abster-se de imprensa ou internet nos últimos dias, foi impossível escapar às imagens da execução de Saddam Hussein. A propósito, discutiu-se quase tudo, da pena de morte à “justiça dos vencedores”. Partilho muitas das reservas perante a execução, mas a última parece-me descabida. A justiça é sempre de quem, além da razão, tem a força. O que foram os tribunais de Nuremberga ou de Tóquio, senão justiça dos vencedores? Não há justiça dos vencidos. É verdade que o processo de Bagdade deu sobretudo forma judicial a uma execução política. Mesmo assim, foi uma apreciável homenagem da vingança à legalidade, num meio em que as vidas humanas são baratas.

Faço aqui uma pausa para dar uma grande ovação a Saddam Hussein que, sendo uma pobre vida humana barata, matou outras milhentas pobres vidas humanas baratas, mas que aos olhos (vendados, creio) de Rui Ramos, não interessam aqui p'ra nada!

(...) Teria preferido ver Saddam na Haia, como Milosevic, embrulhado num processo interminável. Mas isso é uma questão de sensibilidade cultural.

Então é assim, este senhor, tão sensível do ponto de vista cultural, preferia ver Saddam no tribunal num processo interminável, ou seja, "não vamos matá-lo que isso é pouco e muito feio! Vamos mazé atulhá-lo de borucracias até às barbas na Holanda, porque isso sim vai doer e é justo!". De seguida, para se limpar (a meu ver), Rui Ramos fala de Bush e do seu deplorável desempenho como representante do Império Estado-Uniense. Ora que fique aqui bem claro que eu considero que a pena de morte é, de facto, um parcial desrespeito pela vida humana. E parcial porque se deve ter em conta que quem vai ser executado não é a senhora Laurindinha que decidiu roubar um tomate na mercearia da vizinha, são pessoas que cometeram crimes hediondos e que acima de tudo roubaram outras vidas, a meu ver, não menos importantes. E a abolição da pena de morte neste casos é, para mim, como uma declaração de insanidade mental num tribunal, que faz com que estas pessoas possam não ter que pagar pelos seus crimes da forma que seria esperada. Para mim, a declaração de insanidade mental devia ser uma constatação já interiorizada à priori, uma vez que quem mata por matar não é, de facto, bom da cabeça. Contudo, isso não faz com que deva ficar impune.
Quanto ao Bush, Sr. Dr. Rui Ramos, aquilo que diz não é novidade nenhuma, a gente já sabe a merda que para ali vai e, que o pobrezinho ainda tá na época dos descobrimentos petrolíferos.
Agora e, para vosso alivio (isto é, para os que lerem isto até ao fim), já para finalizar, deixo-vos uma opinião de um bloguista que explica esta perseguição de Rui Ramos à esquerda.

Rui Ramos

Um programa de História, na RTP, feito por um homem de direita é algo novo. Nos últimos 30 anos nunca tinha acontecido. Pode tornar-se hábito, atenção. O público (o pouco público que vê estes programas) pode gostar de ouvir outras pessoas - um público mais heterogéneo, que não se resuma só ao Bloco. Claro que o primeiro programa, com a Maria Filoménica Mônica, ficou na base da conversa de café. Mas este, emitido ontem, com Adriano Moreira... Enfim, é de ficar a ouvir até ao fim, colada a cada memória, a cada pedaço de história viva, a cada fio de conhecimento. Que em Adriano Moreira é como o fio de Ariane. Nunca termina.
In http://tangerinadoce.blogspot.com/2006/10/rui-ramos.html, publicado por Judite a Quarta-feira, October 11, 2006.

Falta só, aqui, um comentário a este post:

SGC said...

O Rui Ramos é, actualmente, um dos meus historiadores de eleição - socorro-me, amiúde, dos seus escritos, para sustentar a(s) minha(s) tese(s) e...já era tempo destes "pás" começaram a saber o q é a História! (a verdadeira) (...) Em Belém não devia estar aquele "equívoco" da direita, mas esta direita lúcida, personificada na figura de Adriano Moreira, mas há povos que não merecem pessoas ilustres...
Abraço apertado da velha amiga de direita!

Primeiramente, está tudo esclarecido! Ele é um homem de direita! Daqueles que têm a figura de Salazar na mezinha de cabeceira. Em segundo lugar, portanto, "um público mais heterógeneo que não se resuma só ao Bloco", a fraca audiência destes programas é do Bloco de Esquerda. Eu não sou, e agora? E os dados do INE??? Em terceiro lugar é Maria Filomena Mónica! E não Maria Filoménica Mônica...Isto ainda precisam de umas aulinhas. Por fim, quanto ao comentário depreende-se que a verdadeira História é a de direita! Opah por favor!!!!!!!

Bom já já mesmo para acabar, eu devo explicar que a minha simpatia pelo Comunismo, deixa muito espaço para criticar o mesmo. Não concordo com muitos aspectos que integram a ideologia Marxista-Leninista e, muito menos, com alguns pontos da história política do partido. No entanto, nada me dá o direito de desrespeitar a memória daquele que lutou pelos direitos de muitos povos latinos e que é hoje uma referência mundial na luta pelos direitos básicos de qualquer cidadão. Cabe-me tembém dizer que, para lá desses handicaps estruturais e ideológicos do PCP, este é o único partido que, mais uma vez a meu ver, é fiel na sua representação do povo.
Ah e em relação aquilo que é dito aqui - http://barnabe.weblog.com.pt/arquivo/049661.html, intitulado de O Cunhal de Rui Ramos, só tenho a dizer que foi graças ao Senhor Cunhal e à tortura a que foi submetido, que Ruizinho pode expressar todas estas barbaridades e que, ao contrário do que é dito, não se deve considerar um erro o ser-se fiel aos ideais, mas sim um acto de coerência e coragem que hoje não abunda nem a torto nem à direita.

sábado, 13 de outubro de 2007

Ai Fazes Fazes...

"Há qualquer coisa de leve na tua mão,
Qualquer coisa que aquece o coração
Há qualquer coisa quente quando estás,
Qualquer coisa que prende e nos desfaz

Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol

A forma dos teus braços sobre os meus,
O tempo dos meus olhos sobre os teus
Desço nos teus ombros para provar
Tudo o que pediste para levar

Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais...

Tens os raios fortes a queimar
Todo o gelo frio que construí
Entras no meu sangue devagar
E eu a transbordar dentro de ti

Tens os raios brancos como um rio,
Sou quem sai do escuro para te ver,
Tens os raios puros no luar,
Sou quem grita fundo para te ter

Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais...

Quero ver as cores que tu vês
Para saber a dança que tu és
Quero ser do vento que te faz
Quero ser do espaço onde estás

Deixa ser tão leve a tua mão,
Para ser tão simples a canção
Deixa ser das flores o respirar
Para ser mais fácil te encontrar

Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais...

Vem quebrar o medo,
Vem saber se há depois
E sentir que somos dois,
Mas que juntos somos mais

Quero ser razão para seres maior
Quero te oferecer o meu melhor
Quero ser razão para seres maior
Quero te oferecer o meu melhor

Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol"

Tiago Bettencourt

O Post Sério II: O que ficou por dizer.

Bom, e o que ficou por dizer e, passo a explicar porquê, foi um muito OBRIGADA à nossa grande Associação de Estudantes, que realmente tem feito um grande trabalho a zelar pelos interesses dos estudantes à porta fechada e com manifestações tardias! E o porquê de me ter esquecido reside, justamente, no facto de nem me lembrar que existe uma AE, isto, porque as únicas vezes que vejo qualquer intervenção desta no quotidiano da ESE é na organização de festas. De resto, é uma entidade abstracta, toda a gente sabe que existe mas não é algo que se veja.
O que me dá paz de espírito é que, felizmente, não contribuí para que hoje estivessem à frente da nossa Associação de Estudantes. Se não sabem fazer melhor, não estraguem o pior que já está feito. Dirigir uma AE não um hobbie, é sim uma tarefa que exige seriedade e, acima de tudo, responsabilidade. E isso, meninos, é coisa que não abunda muito por esses lados. E asseguro-vos que cada vez que vos ouvir gabar que já dirigiram ou que dirigem uma AE, vou lá estar para desmentir tal barbaridade!
Amigos amigos, AE's à parte.

Obrigada Claroca pelo reminder =)*

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

O Post Sério.

Bom, por tudo o que tem vindo a acontecer na nossa ESE e por tudo o que já tem sido feito pelos camaradas do estefanilho e companhia, acho que é imperativo que as coisas comecem a tomar uma forma mais séria. É necessário que estas atitudes do órgão dirigente da escola e do próprio IPS comecem a ter repressões palpáveis, que façam com que passemos a ser levados a sério e não como uma mera cambada de insatisfeitos cobardes. Porque, acreditem que é assim que nos vêem!
É, de facto, lamentável que só assim consigamos expressar a nossa opinião. Lá vai o tempo da censura, contudo, esta parece nunca ter abandonado as paredes brancas da ESE e creio que todo o recinto do IPS.
Caríssimos, é tempo de agir.
Não consigo perceber como é que num Instituto Politécnico se paga mais propinas que numa Universidade e, perdoem-me a ignorância, mas há aqui qualquer coisa trocada não? Na ESE, e restantes escolas do IPS vai ser este ano aplicada a propina máxima de 900€, dividida em quatro prestações.
Em primeiro lugar, só me apetece chorar. Em segundo lugar, tenho uma comparação que preciso mesmo divulgar e que, provavelmente, não será grande novidade. Na faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, o valor das propinas de qualquer curso, nomeadamente da licenciatura com mestrado integrado em psicologia ronda os 774€/ano, eu disse MESTRADO INTEGRADO! Ora posto isto, vamos avaliar bem as coisas. Eu já estive nas instalações da faculdade mencionada e esta não deixa nada a desejar, mesmo nada. Para além disso, na ESE estamos a pagar 900€ por uma licenciatura, apenas. Ah sem contar com mais 900€ por meio ano. Agora pergunto-me, isto é normal? Não! Aliás, espanta-me que o Ministério da Educação, o Governo e, agora o nosso muito preocupado, Presidente da República não vejam uma coisa destas! Dá vontade de sermos ouvidos pelo menos uma vez dentro do pseudo gestor do sistema de educação nacional e logo a seguir mandar o presidente ir bater nos manifestantes da ponte, que é realmente o que ele sabe fazer melhor, isto para além de comer bolo-rei.
Eu estou francamente cansada disto tudo, cada dia é uma decepção.
Este ano vamos pagar 900€ para frequentarmos um curso, numa instituição em que existem plasmas no átrio em detrimento de professores! Por favor, não estamos numa loja de informática em que, para pagar stock se despede a mão-de-obra.
Os anos avançam e a escola apodrece. As prioridades viram outras, que não o ensino.
Por tudo isto, amigos, é premente uma atitude mais séria em relação a todas estas violações dos direitos do estudante. É só coçar p'ra dentro e não ver nada feito para que nós, razão pela qual a escola e todo o IPS foram construídos em primeira instância, possamos ter um ensino de qualidade, em que as coisas são feitas conscientemente e em que se tem em consideração que não se tratam de animais amestrados mas de pessoas que dão o litro, a sanidade mental e a carteira para terem alguma estabilidade profissional e pessoal futura.
Só me resta mesmo dizer que a Professora Ana Maria Pessoa não está doente! Não tá ché ché nem coisa que o valha. Está é a incomodar muita gente naquela escola, porque ela sim se preocupa, ela sim perde dias, noites, saúde, dinheiro e paciência a tentar fazer da escola um lugar habitável para os seus alunos. Vejo muito boa gente a queixar-se que isto está que é uma vergonha, está, de facto, uma vergonha, mas está! E se está alguma coisa é pela devoção desta e de outras pessoas, nomeadamente a Professora Marta Alves e o Professor Fernando Almeida, que apesar de terem, quem diria (!), vida própria fazem de tudo para que hajam condições, informação e acima de tudo formação para todos nós.
Sem mais delongas, caríssimos, vamos agir!

Élia Martins, porque a cobardia ficou algures no CD.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

"Mania da interculturalidade..."

Uma das piores experiências da minha vida! é que se nunca comeram sushi não façam a estupidez de comer!!! É simplesmente horrível! Mas se por acaso estiverem a pensar ir e pagar 10€ por aquilo, há uma opção mais económica. Vão à praia agarrem numa alguita, levem salmão cru e um cadinho de arroz. Enrolem o arroz e o salmão na alga e comam, vai dar absolutamente ao mesmo!
O pior não foi o preço que paguei e, diga-se que não comi só sushi é verdade, mas o que comi deu-me uma dor de estômago como já não me dava desde que não me lembro quando...ainda agora me dói...bolas! O mais engraçado é que eu sou uma amante de tudo o que é asiático, incluindo a gastronomia. Mas uma tempura é uma tempura, agora um sushi é um vómito seguido de uma dor de estômago.
Pena que não houvesse chikiteri, dizem que sabe melhor. Também não bebi sake.

Porra! não comi a bolinha!!

KUSAI!!!

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Bolas...gosto mesmo.

Nunca me tinha acontecido ter pachorra para ler todos os posts de um blog, mas este é de facto impossível de não ler. É que paciência nem se põe em questão! É de ler e chorar por rir mais. Este é, simplesmente, o meu blog de meseira. Eu peço desculpa por, eventualmente, ferir susceptibilidades, mas tenho mesmo que o dizer. O blog simples, em que este génio da dactilografia digital, isto mesmo sem usar o shift, despeja ao acaso pensamentos soltos, espontâneos e cheios do piadão está muito acima de um Markl. Querem saber o que é de facto ter piada sem querer ser forçosamente espontâneo, leiam uma linha de um qualquer post deste senhor blog. Põe qualquer parágrafo a um rodapé! Como diz o João "o homem é a comédia" e mais não digo. Agora há, de facto, um motivo suficientemente forte para lerem qualquer coisa que eu escreva, só mesmo para chegarem aqui a esta 10ª linha, a passar para a 11ª, de paragrafo nenhum e encontrarem um link que vai dar, finalmente, a algum sitio com sentido -----» http://olhequenao.blogs.sapo.pt/. Acham que existe melhor? Olhem que não, olhem que não.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Só Comigo!

E porquê só comigo? Bom, eu explico. O que é tido como normal acontecer a qualquer pessoa, para mim é sempre tido como um milagre. As coisas correm-me bem quando? Geralmente, é sempre no dia 1 de Abril, "ah e tal correu-me tão bem, nem acredito! ah mas afinal era mentira!". Portanto, nada me corre bem. Para mim é sempre tudo uma grande merda.
Os dias passam e nem as galinhas ganham dentes, nem as vacas tossem, nem o rei faz anos.
Hoje estou particularmente jodida, e porquê o castelhano? Por nada em concreto, apeteceu-me.
Estou um bocado desconfortável, o que também não é novidade encontrando-me eu forrada com a minha pele. Contudo, não deixa de ser desagradável.
Não, realmente nada do que escrevo faz sentido, mas normalmente devemos ser sempre coerentes, logo vindo de mim não pode fazer qualquer sentido. Hoje é, de facto, um dia não muito agradável e a noite promete.
Provavelmente o melhor que faço é recorrer ao micro crédito para pagar as propinas. Não é é nenhum negócio, pelo menos não para mim. Realmente faz jus ao nome, Bolonha. Um monte de merda picada em cima daquilo que, aparentemente, até estava a correr não muito mal.
Isto cá dentro é um misto de Guevara com Pessoa, é tanta revolta que até dói só de pensar.
Há tanta coisa estúpida na vida. A própria vida é, provavelmente, a mais estúpida. E a minha, meu Deus! É o cumulo da estupidez.
Bah já não me apetece escrever, até porque, como escrevo aquilo que penso, agora não é uma boa altura para ditados ordinários. Depois ainda me acusam de spam! Era só o que me faltava...
O que me resta é aceitar? Tudo bem, fingir é comigo!
Num mundo perfeito frio é o gelo, não as pessoas. Mas este mundo é tão mais espectacular na sua imperfeição que conseguem ser ambos frios. Se calhar tenho é de começar a dar-me com animais.
Mais espectacular ainda é a segurança social, é um sitio didáctico e pedagógico de interacção com o utente.
É assim, vamos lá não é? chegamos lá e temos que tirar senha. Somos o 596, está no 111. Passamos lá umas horitas da manha a decifrar os cheiros que por ali passam. Vamos almoçar. Voltamos, está no 200. Passamos lá o resto do dia, assistimos à matine da tarde "Peixeirada", protagonizada pelas Ciganas de Xabregas. Entretanto, somos atendidos. Temos que dizer à senhora idosa que nos está a atender que queremos uma declaração, mas!!! devemos sempre dizer que estamos prestes a fazer fraude ou então que estamos a receber dinheiro do abono indevidamente, porque só assim é que eles nos apanham, é que caso contrario "as informações não se cruzam" (by Carlota da Loja do Cidadão dos Restauradores, balcão 4).
Portanto, não se esqueçam de fazer o vosso dever, caso contrário o sistema não pode funcionar!
Eu sei, não digo pão.

Bolas, nunca mais é sonho...