quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

:.Está aberta a temporada da decadência.:

O que sinto não é dor...
são acordes da alma,
sinfonias melancólicas de tom apertado,
um abismo de oitavas em que me deixo cair,
sinto sangue molhado na boca
e pisado no peito.
O meu coração sufoca, mirra,
enfarta de sentimentos vãos que morrem bastardos,
órfãos de reciprocidade.
A tua indiferença virou o meu prémio de cada dia,
a tristeza virou hábito,
a dor um conforto.
A tua ausência é tão estupidamente insuportável
como o vazio da tua voz.
Na insanidade desta estranha forma de sentir,
que é o doce sofrer por quem não me vê,
imagino-te aqui de olhos amarrados aos meus,
o calor da tua mão no meu rosto,
o arrepio de um beijo teu que não sinto,
perdida nesse olhar neutro, lato delicero por dentro...
Imagino-te pensando em mim da mesma forma que pensas nela,
se pudesse ter outra forma, seria ela:
longa e delgada, de 6 cordas,
o meu peito um amplificador e,
essa lixa de sentimento que me descarna o corpo,
o som que de mim sai.
Mas, não sou ela.
Não sou nada.
Sou só e apenas tua.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Esturro

das duas uma, ou paro de pensar ou arranjo uma placa de refrigeração.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Época de Saldos

Alguém quer um padrasto?
...só p'ra saber

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

LC

Eu quero ser assim.
P'ra me veres,
p'ra me tocares,
p'ra te ficar no ouvido,
na alma,
na ponta dos dedos.
Sempre contigo.
Quero estar no piano,
no trompete,
na guitarra.
Não quero ser um Dó qualquer,
mas um Fá menor que só tu sabes tocar.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

bolas ja n escrevo nada de jeito....

ainda "ontem" escrevia cenas pseudo cómicas, agora é só merda meu...o John tem razão, eu ando à procura de qualquer coisa...cheira-me é que não é por aqui...


Carla, viro à direita ou dou a volta à rotunda?

velhos tempos..

Era eu criança sem a menor consciência do que era a vida, alheia a problemas, preocupações, trabalho...bons eram esses tempos que já la vão, em que nada me perturbava, em que só queria mesmo era ver o dragon ball e brincar com pollypockets. O resto era outro mundo, outra realidade que não a minha.
A perda abriu-me os olhos, tornei-me mais atenta e, consequentemente, mais desiludida com esta realidade que tao sofregamente ansiava.
Hoje, sou amarga e o meu sonho é sobreviver neste mundo estranho que todos os dias me choca. Sou revoltada, insatisfeita, triste. O que sobrou da menina é uma ferida aberta que infecta com o tempo, que sara em falso e que dói sem manifestar...


Acho que não consigo acabar isto...agora escrevo mesmo só por escrever, pra ver se pelo menos escrito isto faz algum sentido.